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4 lições do teatro para falar (muito) melhor em público

Especialistas que misturam oratória moderna e técnicas teatrais dão conselhos simples e eficazes para melhorar sua comunicação; confira


	Atriz ensaia falas: numa apresentação corporativa, é preciso lembrar que a plateia não é um tigre
 (Thinkstock/IPGGutenbergUKLtd)

Atriz ensaia falas: numa apresentação corporativa, é preciso lembrar que a plateia não é um tigre (Thinkstock/IPGGutenbergUKLtd)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2016 às 07h00.

Desenvolver a capacidade de falar em público não vem a calhar apenas quando se está no palco para uma TED Talk. É algo útil no dia a dia para expor seu ponto de vista em público, seja no trabalho, na universidade ou em qualquer outro lugar.

O Na Prática recentemente publicou 12 formas de aprimorar suas habilidades nesse campo para transmitir suas informações de maneira mais eficaz. Agora as dicas vêm do Teatrês Teatro Coach, onde Mauro Henrique Toledo e Alzira Andrade, que também mantêm o blog Quero Falar em Público, apostam no domínio do corpo e em técnicas teatrais para transformar a comunicação.

Para a dupla de coaches, compreender o que está dando errado é o primeiro passo para se preparar e sair do loop negativo. Confira abaixo algumas das lições apresentadas por eles:

1. Saiba que as reações negativas têm motivo
É difícil achar alguém que não se identifique: no meio do discurso, dá um branco. Que palavra era aquela? Do que você estava falando mesmo? Isso pode desencadear uma série de reações físicas negativas, como nervosismo, ansiedade, ruborização e taquicardia. Humilhada, a pessoa dispara a falar ou trava. Quer acabar com aquilo o mais rápido possível.

Esse tipo de experiência negativa é marcante e pode vir a acontecer de novo, criando um medo da situação em si. “Pensar sobre o medo fortalece o medo”, diz Alzira, e “afirmá-lo reforça o caminho neural, viciando as reações do corpo.” Saber que você tem o poder de controlar seu corpo fisicamente desenvolve seu potencial de comunicação.

2. Pratique o empoderamento
Uma das maneiras de se sentir no controle é um exercício de empoderamento. A dupla sugere que você pense num momento em que agiu com coragem e prontidão. Não pense nas consequências boas ou ruins daquele ato, apenas escreva como se sentiu. A energia contida naquela lembrança pode se tornar um estado de ânimo poderoso, que você pode utilizar a seu favor e trocar as reações negativas pelas positivas. “Valorize suas experiências positivas”, dizem os coaches.

3. Lembre-se de que a plateia não é um tigre
O sistema nervoso guarda em si uma reação chamada “fight or flight”, ou luta ou fuga. Foi gravada há milhões de anos e serve para identificar perigos rapidamente, para que decisões de vida ou morte sejam tomadas depressa. Quando ativada, a reação causa taquicardia, estresse, boca seca. A dupla utiliza um encontro com um tigre como exemplo: é algo muito perigoso e que desencadeia, de maneira justificada, essa manifestação física.

Quando se trata de falar em público, saber que essa reação não passa de um perigo imaginário é fundamental. Para se acalmar, Mauro recomenda uma técnica de respiração chamada 535: solte os ombros, respire focando no diafragma por cinco tempos, segure por outros três e solte por cinco tempos. Repita algumas vezes. O efeito é impressionante.

4. Seja empático
Outro conselho comum por aí é que a plateia está ali para ser conquistada, vencida… derrotada. Não é verdade. Pensar assim também resulta em estresse, ansiedade e tensão. Aja da maneira aposta: identifique-se com a plateia e seja empático. Coloque-se no lugar dela, saiba seu perfil geral e pratique a generosidade ao expor suas ideias, compreendendo quem são as pessoas e as auxiliando com informações na hora certa.

Se tiver dificuldades para entender exatamente como agir com empatia, eles sugerem um exercício sobre o oposto. Pense numa pessoa apática que você conhece – alguém desanimado, sem energia e que não demonstra desenvolvimento. Descreva todas as suas características e reflita sobre as vezes em que você também esteve assim. O que colheu? O que essa apatia criou? Desinteresse? Ressentimento? É justamente o que cria um orador apático.

* Este artigo foi originalmente publicado pelo Na Prática, portal da Fundação Estudar

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