Avisar o profissional que um recrutador poderá ligar para ele pedindo referências do seu trabalho pode evitar muita dor de cabeça (Dreamstime.com)
Camila Pati
Publicado em 30 de novembro de 2012 às 13h13.
São Paulo – Cuidado com os profissionais que você indica para servirem de referência do seu trabalho para possíveis novos empregadores. Pesquisa feita pelo site Career Builder nos Estados Unidos revelou que a cada 5 empregadores, 3 já se surpreenderam recebendo opiniões negativas a respeito de candidatos ao conversarem com profissionais sugeridos por eles para passarem referências.
Além disso, 29%, dos 2,4 mil empregadores entrevistados pelos pesquisadores disseram já terem descoberto que referências dadas pelos candidatos não existiam. Ainda entre os empregadores, 80% disseram que checam as referências dos candidatos antes de contratá-los. Já entre os funcionários, 15% assumiram que já deixaram de avisar profissionais que haviam incluído na lista de referência.
Segundo a vice-presidente de Recursos Humanos do Career Builder afirmou no estudo, é essencial checar se os profissionais em questão desejam ser incluídos na lista de referência. Para ela, isso pode evitar dores de cabeça e feedbacks negativos para o potencial novo empregador.
No Brasil, a checagem de referências também uma prática comum e não é substituída pelas recomendações que o candidato tem no LinkedIn. Os especialistas em recrutamento, João Paulo Camargo, sócio-gerente da Asap, e Winnie Welbergen, consultora da Hays, por exemplo, já afirmaram a EXAME.com que ao visitarem o perfil de um candidato no LinkedIn leem as recomendações com certa desconfiança. Os dois dão mais valor às referências que eles mesmos vão buscar.
A seguir veja cuidados que você deve tomar na hora de indicar uma pessoa para dar referências sobre a sua atuação profissional:
1 Certifique-se de que ele conhece bem o seu trabalho
Escolha alguém que realmente conhece o seu trabalho é uma das dicas da vice-presidente de RH do Career Builder. Optar por um colega que mal sabe o que você fazia pode ser um tiro no pé. Isso porque se o recrutador quiser estender a conversa ele não vai saber detalhar o escopo da sua atuação na empresa.
2 Escolha alguém que possa falar da sua postura profissional
Recrutadores valorizam profissionais dos quais recebem avaliações positivas em relação à postura ética. Por isso, Rosemary sugere que os candidados citem colegas ou ex-chefes que possam dar um testemunho verdadeiro sobre o tema.
3 Peça permissão e avise que um recrutador poderá ligar
Ninguém gosta de ser pego de surpresa. Por isso, é sempre bom avisar para evitar contratempos. Assim, se a pessoa não se sentir confortável, ela poderá avisá-lo e você terá tempo para achar alguém disposto a fazê-lo.