11 profissões que podem marcar a década
Hierarquia menos rígida, comportamento complexo do consumidor, revolução tecnológica no campo e na medicina - para toda tendência, há uma nova frente de trabalho
Talita Abrantes
Publicado em 19 de março de 2014 às 14h43.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h15.
São Paulo – Como será o mundo em 2021? Dadas as mudanças rápidas e surpreendentes dos últimos anos, leigo algum conseguiria prever com precisão o que vem por aí.
Mas o mercado de trabalho dá algumas pistas. Empresas com hierarquia menos rígida e focadas em responsabilidade social; tecnologia de ponta presente nas salas de cirurgia e na agricultura; além da adequação das marcas ao comportamento cada vez mais complexo dos consumidores. Para cada uma dessas tendências, há profissões e cargos sendo criados ou repaginados. Veja quais são eles, segundo especialistas de diversas áreas de atuação consultados por EXAME.com.
Mas o mercado de trabalho dá algumas pistas. Empresas com hierarquia menos rígida e focadas em responsabilidade social; tecnologia de ponta presente nas salas de cirurgia e na agricultura; além da adequação das marcas ao comportamento cada vez mais complexo dos consumidores. Para cada uma dessas tendências, há profissões e cargos sendo criados ou repaginados. Veja quais são eles, segundo especialistas de diversas áreas de atuação consultados por EXAME.com.
Algumas empresas estão descobrindo que o caminho para a eficiência passa pela simplificação dos processos e redução da burocracia. Os “desorganizadores corporativos” miram exatamente isso, segundo Sidnei Oliveira, autor do livro Profissões do futuro.
“Eles são uma versão atualizada do antigo profissional de organização e métodos, que era responsável por estabelecer o organograma da empresa”, afirma.
Na prática, o desorganizador é contratado para, grosso modo, diminuir o tamanho da pirâmide hierárquica. Com isso, ele descontrói a estrutura corporativa, por vezes, rígida mirando a eficiência e interligação dos processos. “Ele privilegia a construção de soluções a partir do trabalho colaborativo e não mais hierarquia”, diz Oliveira.
“Eles são uma versão atualizada do antigo profissional de organização e métodos, que era responsável por estabelecer o organograma da empresa”, afirma.
Na prática, o desorganizador é contratado para, grosso modo, diminuir o tamanho da pirâmide hierárquica. Com isso, ele descontrói a estrutura corporativa, por vezes, rígida mirando a eficiência e interligação dos processos. “Ele privilegia a construção de soluções a partir do trabalho colaborativo e não mais hierarquia”, diz Oliveira.
Antes de invadir sua casa (e rotina), os robôs vão marcar território nos hospitais. Isso mesmo. Uma das principais tendências para os próximos anos são os avanços na área de robótica médica.
No hospital paulistano Albert Einstein, por exemplo, um robô já é usado em cirurgias nas áreas de cabeça e pescoço, urologia e ginecologia, entre outras. A tecnologia usada é, geralmente, importada. Os engenheiros que atuam na área entram em cena, então, para verificar os equipamentos, “fazer a manutenção e programar o robô”, como afirma Tarcísio Antônio Hess Coelho, professor associado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Engenheiros mecatrônicos ou de controle e automação podem atuar nesta área.
No hospital paulistano Albert Einstein, por exemplo, um robô já é usado em cirurgias nas áreas de cabeça e pescoço, urologia e ginecologia, entre outras. A tecnologia usada é, geralmente, importada. Os engenheiros que atuam na área entram em cena, então, para verificar os equipamentos, “fazer a manutenção e programar o robô”, como afirma Tarcísio Antônio Hess Coelho, professor associado da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli/USP). Engenheiros mecatrônicos ou de controle e automação podem atuar nesta área.
Se nos últimos anos a tecnologia mudou a maneira como nos comunicamos, compramos e consumimos informação, a tendência para os próximos é que ela revolucione o campo.
“Hoje, a fazendas estão implantando uma rede local wifi para receber informações das máquinas”, conta André Assef, sócio da Desix.
Este é só um exemplo. Sistemas de geolocalização, computação em nuvem e outras ferramentas de ponta já fazem parte do vocabulário (e da rotina) de alguns centros produtores do país. Mas ainda há muito para expandir.
Além de profissionais capazes de criar soluções tecnológicas para a lavoura ou criação de animais, a tendência é que a busca por profissionais que saibam integrar o maquinário agrícola aos padrões de comunicação sem fio, por exemplo, cresça nos próximos anos.
“Hoje, a fazendas estão implantando uma rede local wifi para receber informações das máquinas”, conta André Assef, sócio da Desix.
Este é só um exemplo. Sistemas de geolocalização, computação em nuvem e outras ferramentas de ponta já fazem parte do vocabulário (e da rotina) de alguns centros produtores do país. Mas ainda há muito para expandir.
Além de profissionais capazes de criar soluções tecnológicas para a lavoura ou criação de animais, a tendência é que a busca por profissionais que saibam integrar o maquinário agrícola aos padrões de comunicação sem fio, por exemplo, cresça nos próximos anos.
Da indústria farmacêutica e de cosméticos até a de petróleo e gás. Este é o escopo da nanotecnologia, que trabalha com materiais de dimensões até 30 mil vezes menores que um fio de cabelo.
A área ainda é nova no Brasil, mas o curso de graduação de engenharia em nanotecnologia já é oferecido na PUC-Rio e a UFRJ oferece o programa de nanociência e nanotecnologia, por exemplo.
A área ainda é nova no Brasil, mas o curso de graduação de engenharia em nanotecnologia já é oferecido na PUC-Rio e a UFRJ oferece o programa de nanociência e nanotecnologia, por exemplo.
Da curtida que você dá em uma página no Facebook, passando pelas palavras que procura no Google, até como movimenta o cursor do mouse ao visitar um site – tudo pode virar insumo para que empresas e marcas construam suas estratégias.
“A quantidade de informações que o consumidor gera no meio digital é muito grande”, afirma Daniel Tartato, diretor de integração digital da Ogilvy. “No meio dessa confusão de números, o especialista em métricas coloca ordem no caos. Ele organiza as fontes de dados e os analisa”.
“A quantidade de informações que o consumidor gera no meio digital é muito grande”, afirma Daniel Tartato, diretor de integração digital da Ogilvy. “No meio dessa confusão de números, o especialista em métricas coloca ordem no caos. Ele organiza as fontes de dados e os analisa”.
Agora, o sentido (e utilidade) para esta multidão de informações fica a cargo dos cientistas de dados. É deles a responsabilidade de criar modelos matemáticos para prever e explicar determinados fenômenos do mercado.
Com formação em estatística, os cientistas de dados têm a função de colocar estas informações dentro de um contexto para então encaminhar estas analises para os departamentos estratégicos.
“Ele pode criar séries históricas e cruzar com o que estão falando sobre a marca, por exemplo”, diz Daniel Tartato, diretor de integração digital da Ogilvy.
Com formação em estatística, os cientistas de dados têm a função de colocar estas informações dentro de um contexto para então encaminhar estas analises para os departamentos estratégicos.
“Ele pode criar séries históricas e cruzar com o que estão falando sobre a marca, por exemplo”, diz Daniel Tartato, diretor de integração digital da Ogilvy.
Se antes o máximo que você fazia ao assistir televisão era comer, hoje, o cenário é outro. Vê-se TV enquanto posta nas redes sociais, conversa pelo Whatsapp e até enquanto lê.
As combinações entre plataformas são infinitas e o papel do planejador de engajamento é exatamente mapear o comportamento do consumidor em todos os meios (até o analógico) para criar, então, estratégias para fisga-lo – ou engajá-lo.
As combinações entre plataformas são infinitas e o papel do planejador de engajamento é exatamente mapear o comportamento do consumidor em todos os meios (até o analógico) para criar, então, estratégias para fisga-lo – ou engajá-lo.
O comportamento do consumidor mudou até na hora de comprar nas lojas físicas, afirma Daniel Tartato, diretor de integração digital da Ogilvy. “O cara chega na gôndola usando o celular”, diz.
É esta oportunidade que o especialista em digital shopper tem a função de explorar. A ideia é mapear o comportamento do consumidor nas lojas físicas e como o meio digital influencia isso. A partir daí, ele cria estratégias para engajar o comprador.
“A proposta é como fazer um trabalho de interatividade no ponto de venda”, explica.
É esta oportunidade que o especialista em digital shopper tem a função de explorar. A ideia é mapear o comportamento do consumidor nas lojas físicas e como o meio digital influencia isso. A partir daí, ele cria estratégias para engajar o comprador.
“A proposta é como fazer um trabalho de interatividade no ponto de venda”, explica.
Se na última década, o profissional de relações com investidores se consolidou no país, nesta, será a vez de quem trabalha na área de responsabilidade social ganhar destaque.
De olho na reputação da empresa e no papel que ela desempenha na sociedade, estes profissionais tem a função de mapear os stakeholders da companhia (que podem ser desde consumidores até as comunidades de entorno da companhia) e como eles se relacionam com a empresa.
“É mais que cuidar da imagem. É dimensionar a capacidade de impacto das atividades da companhia”, diz Rosmary Delboni, diretora de responsabilidade social da Key Associados. “E, então, criar políticas de relacionamento”.
De olho na reputação da empresa e no papel que ela desempenha na sociedade, estes profissionais tem a função de mapear os stakeholders da companhia (que podem ser desde consumidores até as comunidades de entorno da companhia) e como eles se relacionam com a empresa.
“É mais que cuidar da imagem. É dimensionar a capacidade de impacto das atividades da companhia”, diz Rosmary Delboni, diretora de responsabilidade social da Key Associados. “E, então, criar políticas de relacionamento”.
As cidades se verticalizaram. Junto com elas, os jardins também. Nos últimos anos, o número de jardins verticais explodiu. Para se ter uma ideia, em apenas um mês, a arquiteta e paisagista Juliana Tadema projeta até 10 painéis verdes.
“Quando você planta no solo, não há limite. Na parede, é preciso um estudo muito maior sobre as plantas”, afirma.
A formação em paisagismo responde a esta demanda e a em arquitetura ajuda em questões técnicas e estruturais – como pressão da água, materiais, entre outros fatores.
“Quando você planta no solo, não há limite. Na parede, é preciso um estudo muito maior sobre as plantas”, afirma.
A formação em paisagismo responde a esta demanda e a em arquitetura ajuda em questões técnicas e estruturais – como pressão da água, materiais, entre outros fatores.
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