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10 hábitos típicos dos americanos no trabalho

Vai trabalhar com americanos ou ser expatriado para os Estados Unidos? Silvia Freitas, do Berlitz Educação Global, cita aspectos culturais para levar em conta

Torcedor dos Estados Unidos: em geral os americanos são competitivos  (Getty Images)

Torcedor dos Estados Unidos: em geral os americanos são competitivos (Getty Images)

Camila Pati

Camila Pati

Publicado em 3 de julho de 2014 às 06h00.

São Paulo – Após ser repreendido por um chefe americano por conta de alguma tarefa, como você acha ele vai passar a tratá-lo? De maneira impessoal? Deixando claro que sua falha não foi esquecida? Ou considera que ele vai continuar a ser amável e a convidá-lo para almoçar, como sempre fez?

Acertou quem ficou com a última alternativa. É que, sem melindres, na terra do “Tio Sam” não se costuma misturar trabalho e relações pessoais.

A pergunta do começo deste texto é parte de um dos testes do Berlitz Cultural Navigator, ferramenta digital do Berlitz Educação Global que indica o nível de preparação de um executivo expatriado para enfrentar uma nova cultura.

Em relação ao caso específico de quem está se preparando para trabalhar nos Estados Unidos ou vai fazer negócios com americanos, seguem alguns aspectos da cultura deles desvendados por Silvia Freitas, diretora de relações corporativas do Berlitz Educação Global.

1. Fazer negócios sem necessariamente criar vínculo prévio

“Não é preciso ter um relacionamento prévio ou ser amigo antes de fazer negócios com os americanos”, diz Silvia. Ela explica, que, se para asiáticos a construção de um relacionamento cria a base da confiança para fazer negócios de peso, com os americanos não funciona da mesma maneira. “Não é necessário criar um vínculo antes”, diz.

2. Aperto de mão firme

Não se assuste se uma americano quase “amassar” a sua mão ao cumprimenta-lo. “Eles prezam por um aperto de mão firme e forte, é a maneira mais profissional de cumprimento”, diz.

3. “Terninho” como uniforme das executivas

De acordo com Sílvia, se aqui no Brasil não é regra, nos Estados Unidos o visual das executivas não foge muito ao estilo terninho ou tailleur.

4. Ir diretamente ao tema em reuniões

Nada de comentar sobre o tempo, perguntar sobre a família, filhos ou falar de amenidades. “Eles vão direto ao assunto, diferente de nós que fazemos alguma pergunta para quebrar o gelo antes”, diz Silvia.

5. Respeitar horários de reuniões

Horários de início e de fim de reuniões são, em geral, respeitados. Se estiver marcada para começar às 14h e terminar às 15h, é exatamente isso que vai acontecer. “Caso não dê tempo de tratar de todos os assuntos, outra reunião será marcada”, diz Silvia.

6. Participar, de fato, das reuniões

A participação de todos os convocados para a reunião é não só incentivada, como também esperada, segundo Silvia.
“Eles não têm vergonha de falar algo considerado besteira, sabem que não serão julgados por tentarem apresentar seu ponto de vista”, diz Silvia.

7. Incentivar lado empreendedor dos profissionais

“Os americanos têm um lado empreendedor forte. As pessoas são incentivadas a correr riscos”, diz Silvia.
Isso é possível porque possíveis erros que venham a acontecer são mais facilmente “perdoados”. “Sentem-se mais à vontade porque sabem que não serão punidos severamente se errarem”, diz Silvia.

8- Trabalhar de “portas abertas”

A hierarquia é menos rígida, segundo Silvia. “É possível falar com o chefe do chefe e isso não é mal visto, como pode acontecer aqui no Brasil”, diz. Lá o esquema “portas abertas” parece prevalecer.

9. Estimular tomada de decisões

Faça e traga o resultado. E é melhor se não inundar o expediente do seu gestor com perguntas. Segundo Silvia, profissionais muito indecisos não encontram muito espaço nas organizações. “ Eles esperam que seus funcionários sejam tomadores de decisão”, diz.

10. Competitividade

"Os americanos são muito competitivos, é possível ver isso no esporte e no trabalho também é assim", diz Silvia. E uma das consequências disso é que profissionais tendem a dar o melhor de si em  cada tarefa. "Em geral, um americano não faz nada por fazer", diz.

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