O ideal seria ter um planejamento de crise. (Amanda Perobelli/Reuters)
Bússola
Publicado em 16 de agosto de 2021 às 19h25.
Última atualização em 17 de agosto de 2021 às 13h55.
Por Alon Feuerwerker*
São Paulo liberou 100% de público para o GP de Fórmula 1 em novembro, e para o mesmo mês está prevista a volta dos espectadores aos estádios. É a tendência, na medida em que a vacinação chega à esmagadora maioria da população adulta.
Inclusive porque, mesmo onde a curva de casos apresenta algum repique, onda provocada por novas variantes mais contagiosas, a curva de mortes não acompanha no mesmo grau. Ao menos por enquanto.
E alguma hora as atividades precisariam mesmo voltar a alguma normalidade.
Melhor seria se isso acontecesse junto com o controle da propagação viral, como por exemplo na China. Mas perdemos esse trem lá atrás, e a saída agora é um duplo movimento: liberar as atividades econômicas e apertar medidas como a vacinação, o uso de máscaras e a higienização das mãos.
Pelo jeito, teremos de conviver com o SARS-CoV-2 durante muito tempo. Mesmo quem está vacinado pode adoecer, mas os fatos mostram que a vacina, qualquer uma, aumenta a proteção contra as formas graves da doença.
O desejável seria um planejamento de longo prazo coordenado das autoridades nacionais com estados e municípios, para otimizar as medidas de proteção e prevenção. Pena que a guerra política esteja atrapalhando.
A conta disso está sendo paga em vidas.
*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação
**Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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