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Rayssa is the new Guga, and I love it! E o e-commerce com isso?

O legado dos jogos não está só nos estádios e pistas, está em todos nós e isso é lindo de ver

Pedro Chiamulera, chairman do T.Group, que defendeu o Brasil nos jogos de 92 e 96 na corrida com barreiras (Pedro Chiamulera/Acervo pessoal)

Pedro Chiamulera, chairman do T.Group, que defendeu o Brasil nos jogos de 92 e 96 na corrida com barreiras (Pedro Chiamulera/Acervo pessoal)

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Publicado em 29 de julho de 2021 às 14h37.

Última atualização em 29 de julho de 2021 às 14h59.

Por Andrea Fernandes*

Experimente entrar no seu site de compras preferido. Pode ser marketplace, grande varejista, qualquer tipo de e-commerce que tenha grande variedade de produtos. Escolhe aí… Amazon, Americanas, Carrefour, Decatlhon ou Magalu. Com certeza absoluta, em destaque, logo de cara, você vai encontrar alguns produtos — skates, pranchas de surfe e bolas de vôlei. É o efeito Tóquio 2020.

Eu AMO os Jogos Olímpicos, e hoje tenho a sorte de ter contato diário com o Pedro Chiamulera, que fez esse sentimento crescer ainda mais. Ele, que é o chairman do T.Group e defendeu o Brasil nos jogos de 92 e 96 na corrida com barreiras (acho muito doido a pessoa que escolhe essa modalidade. Correr rápido já é difícil. Pulando barreiras, então…). Vou convidar ele pra escrever sobre a experiência dele nos Jogos assim que a adrenalina do IPO da Clearsale passar.

Talvez minha paixão também seja pela minha época trabalhando com eventos, quando via projetos quase surreais saírem do papel. Do ponto de vista logístico, a Olimpíada é uma ideia horrível. Onde já se viu juntar, em uma só cidade, milhares de atletas, jornalistas e público para ver um monte de gente correndo, nadando ou andando de skate? Essa é a graça.

Nunca vou me esquecer de assistir aos primeiros jogos in loco em Sidney, e depois, no Rio, onde cacei todas modalidades diferentes possíveis para acompanhar, mesmo não sendo esportista. Do Bolt ganhando os 100 metros rasos, aos Saltos Ornamentais, tudo me arrepia até hoje.

Varar a noite para acompanhar a jovem Rayssa ganhar sua primeira medalha aos 13 anos é uma delícia. A mesma coisa com Ítalo, Kelvin, Fernando Scheffer e Daniel Cargnin. Estamos vendo a história ser escrita. Me emocionar com a superação dos atletas, disputando até o limite, sem torcida (uma pena) e depois de tempos tão conturbados é muito doido.

Ver as buscas por skate e surfe dispararem no Google também é demais. Meu filho, Felipoca, é aquela criança que não liga tanto para futebol — mas é o tipo de moleque que surta vendo a Rayssa Leal dando manobras ultracomplexas no meio de um monte de adultos.

Além de caçar uma escolinha de skate, já dei uma espiada nos sites e vi que TODOS colocaram produtos relacionados em destaque. A Netshoes já avisou que a venda de itens da modalidade cresceu em 80%. Já a OLX reportou que a demanda por pranchas de surfe aumentou em 40% depois da medalha dourada de Ítalo Ferreira. ISSO É LINDO!

Esse não é um fenômeno recente, claro. Vez em outra um esporte ganha visibilidade repentina e ganha uma nova geração de praticantes. Aurélio Miguel, medalhista olímpico em duas oportunidades, fez com que uma geração inteira de judocas nascesse — e as medalhas nas últimas edições dos Jogos são influência direta disso. Poderia citar vários exemplos, passando pelo Guga, tricampeão de Roland Garros, todos os nossos grandes nadadores, campeões do vôlei e referências na ginástica. Eu acho que Curling só não vingou no Brasil por conta do calor (mas com toda neve que caiu no sul do país essa semana, podemos pensar em montar um time para os próximos jogos de inverno).

Estamos monitorando toda movimentação do e-commerce durante os jogos e trago aqui novidades que aparecerem.

E esse é o maior legado que fica. Não gosto de ler matérias ou balanços que mostram dependências esportivas abandonadas. O legado não é sobre os estádios, obras de mobilidade ou reformas em aeroportos. Isso tudo é ótimo, mas o grande benefício é pessoal — e isso não dá pra ser calculado.

 

Enquanto isso, aguardo aqui, ansiosa, as próximas Rayssas, Ítalos e Gugas.

*Andrea Fernandes é CEO do T.Group

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