Bússola
Um conteúdo Bússola

Quando a paixão pela educação supera a vocação pela carreira militar

Conheça a história transformadora de Jackson Miguel, diretor de marcas no Grupo Salta Educação

Jackson Miguel se formou como engenheiro militar no IME (Bussola/Reprodução)

Jackson Miguel se formou como engenheiro militar no IME (Bussola/Reprodução)

Bússola
Bússola

Plataforma de conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2023 às 16h35.

Última atualização em 12 de abril de 2023 às 17h39.

Por Bússola

Liderança, disciplina e resiliência. Esses são os atributos que a trajetória militar concedeu a Jackson Miguel, diretor de marcas no Grupo Salta Educação. Jackson largou a farda há 11 anos para seguir a carreira educacional e, hoje, lidera redes de escolas no maior grupo de educação básica do Brasil. Com escolas em 15 estados e no Distrito Federal, o Grupo Salta reúne 22 redes escolares espalhadas de Norte a Sul do país.

Nascido no interior de Minas Gerais e em uma família de professores, Jackson Miguel, desde criança, acompanhava sua mãe e a avó na rotina escolar na fazenda onde moravam. Ainda pequeno, pode perceber a transformação de vidas por meio do ensino. Anos depois, teve seu caminho totalmente guiado pela educação, ao sair de uma escola estadual rural do interior, aos 14 anos, e, aos 24, se formar em engenheiro militar no IME, a melhor escola de Engenharia do Brasil.

A paixão pela educação seguiu firme em sua vida  e, ainda na graduação, em 2009, iniciou sua trajetória profissional em educação ministrando  aulas particulares. Em 2012, quando se formou, deixou o Exército Brasileiro para ser professor e diretor-adjunto no Pensi Freguesia, no Rio de Janeiro, onde também trabalhou como monitor. Desde então, não parou mais, seguindo a carreira educacional até se tornar diretor de marcas no Grupo Salta.

Confira, abaixo, a entrevista com Jackson Miguel:

Bússola: Como foi esse processo de deixar sua área de formação para atuar em outra área? E por que a área de educação?

Jackson Miguel: Sou de uma família de professores. Desde criança, acompanhava minha mãe e minha avó na rotina escolar. Isso me fez criar laços muito fortes com a escola e, até hoje, me sinto muito bem e em paz dentro do ambiente escolar. Além disso, eu pude provar a potência transformadora da educação em minha vida e por isso guardo gratidão e carrego comigo a missão de proporcionar a mais pessoas a transformação que vivi por meio da educação.

A formação em engenharia química contribui na gestão escolar?

A formação em engenharia me ajuda muito a pensar de maneira estruturada e organizada. Isso é muito bom dentro do mundo corporativo, não apenas na educação. Além disso, a minha formação em engenharia militar me deu bons atributos de liderança, disciplina e resiliência.

Qual foi o maior desafio para chegar onde você está hoje?

O maior desafio foi a coragem para seguir meu coração (e até mesmo minha missão) de deixar a carreira militar e partir para a educação. Outro grande desafio foi a paciência para viver cada etapa da carreira com calma suficiente para tirar os aprendizados importantes, sobretudo considerando um mundo tão dinâmico e rápido como o que vivemos. Minhas experiências pregressas como monitor, professor, diretor-adjunto, diretor de unidade, diretor regional e diretor-geral também foram cruciais e contribuíram muito para o profissional que eu sou hoje.

O que é uma boa liderança?

Primeiro, dar o exemplo, como aprendi no Exército: a palavra convence, mas só o exemplo arrasta. Segundo, o cuidado genuíno com as pessoas, sobretudo em educação, em que a base do negócio é gente, então cuidar das pessoas é crucial.

Qual é o maior desafio em liderar redes de escolas no maior grupo de educação básica do país?

O maior desafio hoje é acompanhar e ajustar a escola ao dinamismo típico dos tempos contemporâneos. A inércia no ambiente escolar sempre foi muito grande. Basta pensarmos que a escola na qual estudamos era organizada de maneira muito parecida com a escola de hoje. Então, provocar e preparar os agentes educadores para se conectarem a uma geração que vem se transformando de forma muito rápida é extremamente desafiador, mas também super necessário. Esses ajustes envolvem todos os setores, desde infraestrutura até pedagógico.

O que o senhor espera de avanços para a educação nos próximos cinco anos?

O nosso propósito, compartilhado com todo o time do Grupo Salta, é transformar o Brasil por meio da educação, deixando como legado um país melhor do que o que recebemos das gerações anteriores. Especificamente para os próximos cinco anos, espero desenvolvermos meios de transmissão de conhecimento inovadores que nos permitam ter cada vez mais escala e impacto, levando conteúdo relevante, acessível e interessante a todos os rincões do Brasil.

Siga a Bússola nas redes: Instagram | Linkedin | Twitter | Facebook | Youtube

Veja também

Márcio de Freitas: A pressa de Lula

Marcelo de Sá: Como está se desenhando o modelo de gestão dos novos tempos?

Análise do Alon: O nó para montar uma base

Acompanhe tudo sobre:EducaçãoEntrevista

Mais de Bússola

Pulse DOOH: o potencial da IA no Digital Out of Home

Ageless: a revolução da longevidade

Análise do Alon: "é a política, estúpido"

Fernando Albino: Brasil está a um passo de liderar soluções para a emergência climática

Mais na Exame