Shot of a young woman blowing her nose with a tissue at home (LaylaBird/Getty Images)
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Publicado em 29 de junho de 2024 às 07h00.
Quando os primeiros sintomas aparecem, uma das primeiras dúvidas que vem à mente é: será que é Covid ou é só uma gripe corriqueira? O primeiro ainda pode ter consequências mais graves, por isso é importante saber o que fazer, como fazer e quais as principais diferenças entre as infecções.
Na temporada de Inverno, que começou no último dia 21, a frequência de infecções por vírus que causam doenças respiratórias é maior e mais frequente. As pessoas tendem a ficar mais tempo em locais fechados. Resultado: o ar circula menos e, assim, o vírus encontra um prato cheio para contaminar as pessoas.
Conversamos com o Dr. Bernardo Almeida, infectologista e diretor médico da Hilab, biotech especialista em tecnologia diagnóstica e saúde digital, para saber quais são as principais semelhanças e diferenças entre Covid e Influenza.
A Covid é a doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, um tipo de coronavírus, enquanto a Influenza é o vírus causador da gripe.
A Covid-19 possui alguns sintomas distintos, como a perda de olfato e paladar, que ocorrem mais frequentemente quando comparados à influenza.
Segundo o médico, após ampla circulação do vírus da Covid e aumento da cobertura vacinal, houve redução significativa do risco, sendo atualmente até comparável ao Influenza.
Atualmente, a maioria das infecções pelo vírus da Covid e Influenza são leves, mas podem ser graves e causar óbito, principalmente na presença de fatores de risco associados à idade e comorbidades.
Além disso, sempre há a chance de mutações nos vírus que podem aumentar a gravidade ou a capacidade de disseminação.
O Dr. Almeida adverte: os vírus respiratórios em geral são altamente contagiosos e se disseminam facilmente.
Em qualquer situação de contato social, medidas de prevenção, como a vacinação, garantir a boa ventilação em ambientes fechados e higienização das mãos são especialmente importantes para evitar a propagação da Covid, mas também são válidas para casos de influenza.
O uso de máscaras por sintomáticos respiratórios ou em situação de alto risco, assim como evitar ambientes aglomerados e pouco ventilados, são medidas complementares que podem reduzir ainda mais a chance de infecção nos períodos críticos.
No geral, sair de casa com os sintomas não é recomendado.
Se você estiver com sintomas respiratórios, é fundamental fazer o teste para Covid e influenza.
Os testes específicos para cada doença podem ajudar a confirmar o diagnóstico e amparam o médico na prescrição do tratamento correto. Os testes rápidos funcionam bem para essa finalidade.
O ponto forte dos testes rápidos do tipo Point-of-Care (POC) é a rapidez do resultado e capacidade de poder ser realizado nos mais variados ambientes, inclusive em farmácias.
No entanto, é importante destacar que a sensibilidade desses métodos é inferior quando comparados aos métodos baseados em cultura ou biologia molecular, que são, porém, mais caros e menos acessíveis para uso em larga escala.
Ou seja, há diferentes metodologias de testes para detecção da Influenza e da Covid. Cada um possui pontos favoráveis e limitações que, quando trabalhadas em conjunto, ampliam a capacidade do sistema laboratorial.
Sim. As vacinas atualmente disponíveis têm eficácia principalmente na prevenção de formas graves e mortalidade.
Atualmente o maior benefício é para aqueles que apresentam fatores de risco para complicações, como idosos, gestantes ou que possuem comorbidades, justamente os elegíveis para os reforços na rede pública.
Os efeitos colaterais das vacinas são leves. As principais reações são locais, como dor ou inflamação no local da aplicação e febre. São raros os casos de complicações graves, que são diferentes de acordo com o tipo de vacina.
Por fim, o médico recomenda procurar um hospital em caso de dúvidas e não fazer automedicação.
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