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Ele projeta faturar R$ 1 milhão vendendo anúncios em saquinhos de pão

André Jácomo começou a empreender na pandemia e fundou uma rede de franquias que hoje já está presente em mais de 70 cidades de 14 estados

André Jácomo, dono da Marketing Bag (Marketing Bag/Divulgação)
Aquiles Rodrigues

Repórter Bússola

Publicado em 13 de junho de 2024 às 13h00.

Última atualização em 20 de junho de 2024 às 11h43.

A Marketing Bag começou com uma necessidade. Eu precisava me reinventar ”, explica André Jácomo. Em 2020, o empresário de Jundiaí, interior de São Paulo, trabalhava como consultor para pequenas empresas, especializado em franchising . Quando a pandemia chegou, ele perdeu todos os clientes.

Foi nesse período que ele entrou em contato com um modelo de negócios único: o marketing estratégico por meio deanúncios no saquinho de pão . Com um investimento de R$ 6 mil, ele abraçou o conceito e  fundou sua própria rede de franquias, a Marketing Bag.

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Em 2023 , a empresa teve mais de 2 bilhões de visualizações em anúncios, cresceu 146% no faturamento junto com os franqueados e está projetando o primeiro milhão para o final deste ano.

A franqueadora está presente em mais de 70 cidades em 14 estados, e os franqueados das atuais 72 unidades contam com suporte personalizado, motivado pelo desejo pessoal de André, que acredita no potencial de transformação social do empreendedorismo.

Meu propósito é, realmente, difundir cada vez mais a oportunidade empreendedora para pessoas que as vezes não têm essa possibilidade ”, diz.

Mas como funciona essa publicidade no saco de pão?

A Marketing Bag é uma rede de franquias home based – os franqueados trabalham de casa. A principal função do franqueado é fazer a captação de anunciantes, que vão viabilizar a produção dos saquinhos de pão.

Após fechar acordo com o anunciante, o franqueado passa o briefing para a franqueadora, que faz a diagramação dos anúncios.

Depois de prontos, os anúncios passam para uma gráfica homologada pela empresa, são impressos nos sacos de pão e enviados para o franqueado.

Na última etapa, o franqueado faz a distribuição gratuita para padarias parceiras, localizadas em um raio de alcance equivalente a 100 mil habitantes.

É legal pra todo mundo, né? O franqueado rentabiliza, o anunciante expõe sua marca, a padaria ganha saquinhos gratuitos chancelados pela Anvisa e o consumidor final visualiza negócios e oportunidades na sua região ”, André explica.

Franquia com diferencial no suporte personalizado

Os franqueados da Marketing Bag costumam ser pessoas que estão à procura do seu primeiro empreendimento. Para dar suporte, a empresa tem uma incubadora chamada D60.

Durante 60 dias, eles “ pegam na mão ” do franqueado e o ajudam a entender cada ponto do processo inicial de uma empresa. O objetivo é garantir que ele tenha uma visão holística do negócio e rentabilize logo no início da operação.

Nosso principal diferencial é o suporte e a experiência com toda rede. Nós temos um lema: franqueado feliz é franqueado que ganha dinheiro. Nós persistimos neste lema para que, de fato, a gente tenha franqueados cada vez mais motivados e estejamos mudando vidas ”, completa André.

E de onde vem esse desejo de mudar vidas com o empreendedorismo?

André se considera empreendedor desde criança. Junto com o irmão mais velho, ele costumava vender pequenos jornais de bairro, com anúncios de empresas locais.

Quando tinha 50 anos, o pai dele perdeu o emprego e começou a empreender por necessidade. André trabalhou na empresa do pai por 12 anos, até que ela fechou em 2017 e ele precisou procurar outras alternativas.

Com 28 anos ele já era formado em Engenharia, mas sua paixão estava nos negócios. Ele começou a empreender como consultor, se especializou em franquias e, quando tudo estava indo bem, a pandemia chegou como mais um desafio para ele.

Deu tudo certo. André resgatou a paixão de infância pela comunicação, a juntou com a paixão pelo franchising e fundou a Marketing Bag.

Hoje, a franquia segue saudável e as reviravoltas serviram para construir um senso de responsabilidade com seus franqueados e a noção de que o empreendedorismo pode ser transformador.

O que me motiva diariamente é ver vidas sendo mudadas. Não falo por clichê, não. Eu faço parte de todos os grupos com franqueados, participo ativamente do suporte e quinzenalmente presto mentoria para eles. Eu vejo o franchising como um meio de transformação social ”, conclui.

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