Como têm se movimentado as principais peças do xadrez eleitoral para 2022? (Bússola/Divulgação)
Bússola
Publicado em 23 de abril de 2021 às 12h27.
Última atualização em 3 de novembro de 2022 às 19h19.
O novo episódio do Podcast A+ debate o xadrez eleitoral para 2022. Como têm se movimentado as principais peças desse tabuleiro a um ano e meio das eleições? Há cinco semanas, a corrida presidencial foi tema de um outro episódio do A+. Mas, de lá para cá, já aconteceram vários novos fatos políticos que têm efeitos imediatos na correlação das forças em disputa pelo Planalto.
A instalação da CPI da Covid é um deles. Com a primeira sessão prevista para o dia 27 de abril, próxima terça-feira, a Comissão Parlamentar de Inquérito sobre as ações federais na pandemia promete dor de cabeça para o presidente Bolsonaro. A maioria dos titulares são parlamentares independentes e de oposição. O senador Renan Calheiros (MDB-AL), que deve ser nomeado relator e é crítico à atuação do governo contra a covid, já virou alvo de grupos bolsonaristas.
Mesmo antes de ser aberta, a CPI provocou um choque entre os Poderes. A instalação da Comissão foi determinada pelo ministro Luís Roberto Barroso do STF, cuja decisão depois foi confirmada pelo plenário do Supremo. Bolsonaro, integrantes do governo e parlamentares da base reagiram ao que chamaram de interferência do Judiciário em questões do Legislativo.
Outra decisão do Supremo Tribunal Federal que impacta diretamente as eleições de 2022 foi a confirmação pelo plenário da anulação das condenações do ex-presidente Lula na Lava-Jato de Curitiba. A maioria concordou com o entendimento do ministro Edson Fachin de que as acusações não tinham conexão com a Petrobras e, por isso, deveriam recomeçar na Justiça Federal do DF — o que torna Lula elegível. Ontem, os ministros formaram maioria para confirmar a decisão da Segunda Turma que havia declarado a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro.
Candidatos do chamado centro, com suas variações mais à esquerda e à direita, têm se articulado em busca de estratégias para fazer frente à polarização entre o presidente Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Seis presidenciáveis — Ciro Gomes (PDT), Eduardo Leite e João Doria (PSDB), João Amoêdo (Novo), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e o apresentador Luciano Huck — assinaram uma carta-manifesto em defesa da democracia no dia do aniversário do golpe militar. No último sábado, Ciro, Doria, Eduardo Leite, Huck e também Fernando Haddad, do PT, uniram-se em críticas a Bolsonaro num debate virtual promovido pelas universidades americanas Harvard e MIT.
Apesar da aproximação, Ciro Gomes já disse que considera improvável uma aliança eleitoral entre os demais pré-candidatos. E o PSDB continua sua briga interna para escolher o representante da legenda: o governador de São Paulo, João Doria; ou o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; ou ainda o senador do Ceará Tasso Jereissati.
O A+ analisa as últimas movimentações na corrida presidencial e comenta as pesquisas eleitorais mais recentes. No bate-papo, o jornalista Rafael Lisbôa, diretor da Bússola, conversa com o analista político Alon Feuerwerker e com Marcelo Tokarski, sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência.
Ouça abaixo o episódio, e ainda pelo Spotify ou Apple Podcasts. A edição é de Guilherme Baldi.
O Podcast A+ faz parte da plataforma Bússola, uma parceria entre a revista EXAME e o Grupo FSB.
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