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Paris, a cidade luz, está mais escura

Para economizar energia, Paris passa a desligar mais cedo iluminação de monumentos e prédios, incluindo a Torre Eiffel

França: a segunda onda da pandemia do novo coronavírus na Europa pode atrasar recuperação do turismo (Benoit Tessier/Reuters)

França: a segunda onda da pandemia do novo coronavírus na Europa pode atrasar recuperação do turismo (Benoit Tessier/Reuters)

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Publicado em 24 de setembro de 2022 às 14h21.

Última atualização em 24 de setembro de 2022 às 17h27.

Por Danilo Vicente*

A França, como outros países na Europa, sente efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Os russos estão enviando menos gás natural para os europeus que apoiam os ucranianos, o que disparou os preços da eletricidade e do gás.

Com isso, uma onda de racionamento chegou forte e, com ela, os monumentos e prédios da capital Paris agora têm iluminação desligada mais cedo, o que inclui a icônica Torre Eiffel. É a Cidade Luz mais escura.

O apelido parisiense, por sinal, tem debates sobre sua origem. Pode ter sido por causa do início do uso de lamparinas no século XII, numa campanha contra a criminalidade. Ou simplesmente uma homenagem às mentes iluminadas de artistas que se deslocaram à cidade por séculos.

Voltando ao ano de 2022, o corte de energia fará com que a Torre Eiffel fique escura a partir das 23h45, uma hora mais cedo. O novo plano se alinha ao horário de fechamento da atração: os visitantes podem entrar até as 22h45, mas devem sair até as 23h45.

A Prefeitura de Paris anunciou a nova programação de iluminação da Torre Eiffel como parte dos esforços para redução de 10% no consumo de energia, meta definida pelo presidente da França, Emmanuel Macron, no início do verão.
Outros pontos com redução de luz são a Torre Saint-Jacques e a Prefeitura, com o apagar das luzes às 22h. Para garantir a segurança das pessoas, as autoridades mantêm as luzes das ruas acesas e continuam a iluminar as pontes sobre o rio Sena.

Paris não é a única a reduzir o consumo de energia. Na Espanha, por exemplo, o ar-condicionado do comércio e de espaços públicos terá de ser menos forte. Mas é simbólico que a Cidade Luz fique mais escura com o tenebroso ataque da Rússia à Ucrânia. Guerra é sempre sinal de treva.

*Danilo Vicente é sócio-diretor da Loures Comunicação

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.frança

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