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Nunca o mundo dependeu tanto de tão poucos como no combate à covid-19

Índia se volta para problemas internos, e remessa de insumos da China atrasa por problemas aparentemente políticos

Laboratórios fabricantes de vacinas vêm seu lucro crescer exponencialmente. (Dado Ruvic/Reuters)

Laboratórios fabricantes de vacinas vêm seu lucro crescer exponencialmente. (Dado Ruvic/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2021 às 20h22.

Por Alon Feuerwerker*

A Índia era, na teoria, o país-chave no fornecimento das vacinas para enfrentar a covid-19 em escala global. E, ao mesmo tempo, estava apetrechada para o desafio doméstico de imunizar uma população da ordem de grandeza de bilhão e meio de pessoas. Mas a explosão de casos internos e outras circunstâncias arrastaram com força o país para a vida real, bem diferente das promessas e esperanças.

Por aqui, o cronograma da Coronavac parece enfrentar obstáculos por causa da retenção de insumos na China. Bem na etapa de administração da indispensável segunda dose. O debate sobre as causas do atraso está naturalmente influenciado pela política. Esperamos que as coisas se resolvam, e que o insumo chegue para ser aplicado nos que já receberam a primeira dose.

Uma coisa que vai muito bem são as receitas dos laboratórios desenvolvedores de vacinas. A BioNTech, empresa alemã que produz a vacina contra a covid-19 em parceria com a Pfizer, lucrou 1,13 bilhão de euros no 1º trimestre. Ano passado tinha tido prejuízo de 53 milhões nesse mesmo período. Nunca tantos dependeram tanto de tão poucos, e que por isso estão se dando tão bem.

*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

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