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Mercado regulado no Brasi tem metano, vegetação nativa e carbono azul

Modelo, anunciado pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, em evento no Rio, pode gerar até R$ 100 bilhões para o país até 2030

Mercado regulado responde pela maior fatia do carbono negociado no mundo. (Qilai Shen/Bloomberg)

Mercado regulado responde pela maior fatia do carbono negociado no mundo. (Qilai Shen/Bloomberg)

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Publicado em 18 de maio de 2022 às 19h57.

Última atualização em 20 de maio de 2022 às 13h41.

O Brasil conta a partir de hoje com um mercado regulado de carbono. A regulamentação, amplamente esperada por empresas e sociedade civil, delimita como será o funcionamento do mercado, incluindo fluxos e mecanismos de controle. Com isso, os atores envolvidos contam com maior segurança jurídica para as negociações, com um sistema de certificação e controle das vendas, que impede práticas como a dupla contagem.

O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, durante a plenária de abertura do Congresso Mercado Global de Carbono – Descarbonização & Investimentos Verdes, evento conjunto do Banco do Brasil e da Petrobras, com o apoio institucional do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e do Banco Central do Brasil, no Jardim Botânico no Rio.

O mercado regulado responde pela maior fatia do carbono negociado no mundo, com um volume estimado em torno de US$ 832 bilhões, em números de 2021.

O potencial do Brasil é enorme. Até 2030, o país pode gerar até R$ 100 bilhões em receitas com créditos de carbono apenas nos setores do agronegócio, florestas e energia, segundo projeção da WayCarbon e da International Chamber of Commerce Brasil. Isso atenderia entre 2% a 22% do mercado regulado global.

"O ministro Paulo Guedes e eu criamos hoje o mercado regulado de carbono. Com inovações como o mercado de metano, carbono de vegetação nativa e carbono do solo, alinhado com o modelo produtivo brasileiro, e o carbono azul, relacionado à indústria naval. Essa regulamentação permitirá a negociação desses ativos no mercado global", afirma.

Segundo ele, o Brasil será o maior vendedor de créditos de carbono do mundo, com diferenciação em relação ao resto do mundo pelo custo dos projetos, qualidade dos créditos com impacto social positivo e a multiplicidade de fontes de geração dos créditos.

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