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Mauad: Banco Carrefour cresce para se firmar no crédito de entrada

Segundo o CEO, instituição quer promover inclusão, ofertando crédito para quem nunca teve qualquer tipo de produto financeiro

Carlos Mauad, CEO do Banco Carrefour (Bússola/Divulgação)

Carlos Mauad, CEO do Banco Carrefour (Bússola/Divulgação)

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Publicado em 21 de junho de 2021 às 17h56.

Um dos maiores emissores de cartões de crédito do país, o Banco Carrefour registrou no primeiro trimestre do ano uma aceleração na aquisição de novos clientes, com aumento de 34%. Além disso, o período trouxe um crescimento na casa dos 20% no faturamento, o que gerou um resultado final de R$10,8 bilhões.

Com números importantes e se destacando no mercado como a principal instituição financeira conectada a um varejista do país, o Banco Carrefour tem investido cada vez mais na ampliação de portfólio, em soluções digitais e se posicionando como uma fintail, uma instituição financeira moderna, ágil e conectada a um ecossistema de varejo completo.

“Não queremos ser um banco tradicional, tampouco um fintech. Somos uma fintail”, afirma o CEO da empresa, Carlos Mauad. Em entrevista exclusiva à Bússola, ele explica por que o modelo de núcleos financeiros diretamente conectados à varejista acabam sendo diferenciais para o cliente na ponta.

Bússola: Como o Banco Carrefour quer se diferenciar de outros bancos e fintechs que já existem no mercado brasileiro?

Carlos Mauad: Aqui no Banco Carrefour aplicamos um conceito diferente de outros players que competem dentro da arena de serviços financeiros no Brasil. Não queremos ser um banco tradicional, tampouco uma fintech. Somos uma fintail, ou seja, instituição financeira ágil e moderna, capaz de trazer aceleração para as estruturas mercantis gigantescas, como o Carrefour e o Atacadão e, claro, para o cliente na ponta. Acreditamos que a força dessas marcas, a frequência do varejo alimentar, a capacidade do banco de avaliar crédito e as alavancas digitais que estamos construindo nos credenciam como a principal fintail do país.

Bússola: Na prática, o que é ser uma fintail e como esse modelo pode trazer benefícios para o consumidor final?

Carlos Mauad: Desde 2007, quando recebemos a autorização do Bacen para operarmos como instituição financeira e a nossa história teve início, temos identificado uma mudança de perfil por parte do consumidor e, consequentemente, a necessidade de trabalharmos em novas ferramentas que realmente fizessem diferença na vida dele.

Neste sentido, passamos a estruturar o Banco Carrefour como uma organização mais completa, com forte vocação digital e de inovação. Um modelo que temos chamado de fintail.

Dessa forma, temos tido a oportunidade de acelerar nossas iniciativas e dar o suporte do ponto de vista financeiro para todo o ecossistema, desde o Carrefour varejo, o Atacadão, as plataformas de e-commerce do grupo, além dos demais pilares, sempre mantendo o foco em entregar soluções que colaborem com a inclusão financeira e digital do cliente, seja ele pessoa física ou jurídica, e que estejam presentes em todas as etapas da sua jornada como consumidor.

Bússola: Como fintail, qual o pilar central, em termos de negócio, do Banco Carrefour?

Carlos Mauad: Nosso principal negócio é o crédito. Usamos essa nossa capacidade para ganhar mercado, promover inclusão financeira, rentabilizar o próprio negócio e para pensar nos produtos que queremos oferecer. Por exemplo, todo o mercado lançou uma carteira digital com uma proposta de valor ancorada em cashback. Nossa carteira digital tem como proposta de valor ofertar um instrumento de crédito de entrada para os consumidores que nunca tiveram a oportunidade de trabalhar com qualquer tipo de produto financeiro. Em resumo, temos como premissa levar educação financeira e inclusão digital para o cliente na prática.

Bússola: Quais os serviços financeiros oferecidos hoje pelo Banco Carrefour?

Carlos Mauad: Além dos cartões Carrefour e Atacadão, também temos um negócio de seguros muito desenvolvido. Nossas fronteiras de crescimento estão ligadas à nossa unidade de sub adquirência e nossas contas digitais. No ano passado recebemos autorização do Banco Central para operar como banco múltiplo, abrindo a possibilidade de criação de novas soluções que suportem os negócios atuais ou nos ofereça a possibilidade de seguir diversificando nosso portfólio de produtos e serviços. Todo esse movimento tem como pano de fundo oferecer ao cliente ferramentas de crédito como forma de alavancar a qualidade de vida, uma alimentação saudável e a realização de novas conquistas.

Bússola: Quais os próximos passos? Como a instituição pretende manter o crescimento dos últimos períodos?

Carlos Mauad: Entregar uma experiência impecável para nossos clientes, promover inclusão financeira e digital e acelerar nossas estruturas mercantis por meio de crédito continuarão a ser nossas prioridades. As alavancas digitais que construímos entregam resultados robustos em todas as fases da jornada e não perderemos a intensidade nessa evolução. No desenvolvimento do negócio e na diversificação do portfólio de produtos, seguiremos olhando para o nosso propósito: transformar serviços financeiros em experiências e crédito em qualidade de vida.

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