Corrida eleitoral aperta cada dia mais (SOPA Images/Andressa Anholete/Getty Images)
Bússola
Publicado em 7 de julho de 2022 às 20h23.
Por Bússola
Julho marca uma nova fase da corrida eleitoral. No dia 20, tem início o período das convenções partidárias, quando as legendas oficializam os nomes que concorrerão em outubro e formalizam as coligações. O prazo para os partidos escolherem os candidatos vai até 5 de agosto. E a negociação de apoios e a costura de alianças nessa reta final devem movimentar as próximas semanas.
Faltando três meses para as eleições, a corrida presidencial se mantém polarizada entre Lula e Bolsonaro. Segundo a última pesquisa BTG/FSB, o ex-presidente soma 43% das intenções de voto ante 33% do atual presidente na simulação de 1º turno. Todos os demais nomes têm juntos apenas 14% da preferência do eleitorado.
Esses foram alguns dos temas discutidos em webinar promovido pela Bússola na última quarta-feira 12 que reuniu os analistas políticos da FSB Comunicação, Alon Feuerwerker e Márcio de Freitas, e o sócio-diretor do Instituto FSB Pesquisa e da FSB Inteligência, Marcelo Tokarski. A moderação foi feita por Rafael Lisbôa, diretor da Bússola.
O encontro também falou sobre o impacto da economia no humor do eleitor, conforme os resultados do levantamento. Para aliviar os efeitos da crise econômica, o Senado acaba de aprovar Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece estado de emergência e autoriza a ampliação de benefícios sociais, como o aumento do valor do Auxílio Brasil e do Vale-Gás e a criação de um voucher para caminhoneiros e taxistas. O projeto, cujo impacto financeiro pode superar R$ 41 bilhões, ainda precisa ser votado na Câmara.
Se o governo comemora a aprovação da PEC que turbina programas sociais a três meses do 1º turno, o Congresso não é só fonte de boas notícias para a campanha à reeleição do presidente Bolsonaro. Parlamentares da oposição protocolaram no Senado o pedido de criação da CPI do MEC, para investigar as denúncias de um gabinete paralelo montado por pastores no Ministério da Educação na gestão do ex-ministro Milton Ribeiro. A decisão final sobre a instalação da Comissão deve ser tomada nos próximos dias pelo senador Rodrigo Pacheco, presidente da Casa Legislativa.
As convenções partidárias, os últimos números das pesquisas eleitorais, o peso da economia na disputa e o impacto das medidas em tramitação no Congresso.
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