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Inteligência emocional: use e abuse no trabalho e também na vida

Identificar e lidar com as nossas próprias emoções e com os sentimentos dos outros facilita a comunicação intra e interpessoal

Desenvolver a inteligência emocional é um aprendizado contínuo. (Bússola/Reprodução)

Desenvolver a inteligência emocional é um aprendizado contínuo. (Bússola/Reprodução)

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Publicado em 23 de novembro de 2021 às 19h38.

Por Alice Sosnowski*

Problemas. Quem não tem? É carga de trabalho excessiva, conflitos com colegas, intervenções de última hora na entrega dos projetos, demanda em casa e com os filhos, amigos pedindo apoio, vizinhos incomodando o descanso no fim de semana. Ufa! Seja qual for a questão, não tem um ser humano no mundo que não passe por desafios no seu dia a dia. Pode trocar o cenário, os personagens, mas os problemas estão lá sempre nos fazendo companhia.

No entanto, se isso te torna uma pessoa constantemente estressada e insatisfeita, saiba que esse é um indício de que você deve desenvolver Inteligência Emocional (IE), uma habilidade cada vez mais necessária para lidar com o mundo contemporâneo.

A IE integra o grupo de soft skills que impactam diretamente a nossa vida pessoal e profissional. Segundo a TalentSmart, uma das consultorias empresariais mais renomadas do mundo, 58% do desempenho de qualquer profissional está relacionado à inteligência emocional. Outras pesquisas mostram que profissionais com altos níveis de inteligência emocional são 20% mais produtivos.

Na sua definição, a Inteligência Emocional é a capacidade de identificar e lidar com as nossas próprias emoções e com os sentimentos dos outros, facilitando a comunicação intra e interpessoal. Quem tem essa competência bem desenvolvida leva a vida de forma mais leve, consegue lidar com a pressão do dia a dia e exercita a resiliência, compreendendo que existe um aprendizado para cada situação desafiadora. Apesar de não ter criado o conceito de Inteligência Emocional, o psicólogo Daniel Goleman foi o grande responsável por popularizar a competência em todo mundo. Ela a dividiu em quatro pilares básicos:

1) Autoconhecimento: reconhecimento de suas emoções; 2) Autogerenciamento: saber gerenciar a própria ansiedade; 3) Empatia: capacidade de compreender o sentimento dos outros; 4) Gestão de relacionamento: capacidade de estabelecer vínculos.

Para desenvolver a inteligência emocional é preciso trabalhar cada um desses pilares com dedicação e de acordo com a sua realidade. Saiba que esse não é um processo automático. É um aprendizado contínuo que vai melhorando com o tempo. O ideal é entender cada um desses pilares e tentar exercitá-los a partir dos desafios impostos na sua própria vida. Um exercício simples é prestar atenção nas situações que te deixam irritada e identificar suas emoções no momento em que elas acontecem. Mas, atenção: não é para sufocar os sentimentos, mas sim prestar atenção neles, refletir e, se possível, praticar novos comportamentos emocionais sem abrir mão do seu bem-estar.

Ter inteligência emocional não significa ser perfeito, mas sim encarar os desafios da vida gerenciando suas emoções e respostas dadas aos outros e às situações difíceis. Ao aprimorar essa competência, os problemas no trabalho e na vida continuam os mesmos. Quem muda é você.

*Alice Sosnowski é jornalista, escritora, professora, especialista em empreendedorismo e soft skills, criadora da metodologia O pulo do gato empreendedor. Foi eleita em 2019 uma das Top Voices no Linkedin. Autora do livro Empreendedorismo para Leigos.

Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.

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