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Gente & Gestão: o acaso não é por acaso!

Será que com mais educação, votaríamos melhor e teríamos um governo menos relapso e mais preventivo com os temas ambientais?

(gorodenkoff/Getty Images)
Carlos Guilherme Nosé

CEO e sócio da FESA Group - Colunista Bússola

Publicado em 29 de maio de 2024 às 07h00.

Tenho o costume de algumas sextas-feiras, escrever para meu time sobre como foram as últimas semanas. Não é uma regra e nem um compromisso semanal, mas quando me “dá na telha”, falo sobre os acontecimentos que mais me marcaram nos últimos dias.

Recentemente, conversei com eles como o acaso é construído, dei alguns exemplos de trabalhos que levaram meses para se concretizar, e a partir de um  encontro com um cliente casualmente em um restaurante, mas se eu não estivesse lá, por sinal, trabalhando e atendendo outro cliente, esse encontro não aconteceria e por aí vai.

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Acredito que tudo na vida se constrói e que os reflexos de nossas ações irão gerar alguns resultados, bons ou ruins, cedo ou tarde.

Dito isto, me pego lendo sobre a tragédia do Rio Grande do Sul e inacreditavelmente algumas pessoas ainda acreditam que foi um “acaso” e um “desastre natural”. Segundo a Veja, das cinco maiores enchentes do Rio Guaíba, desde 1941, quatro foram nos últimos oito anos. Isto não pode ser por acaso.

Não sou ativista e nem quero fazer desse texto um caça às bruxas, mas o ponto central das minhas elucidações é a velha e boa EDUCAÇÃO.

Será que com mais educação, votaríamos melhor e teríamos um governo menos relapso e mais preventivo com os temas ambientais? Catástrofes assim poderiam ser evitadas com mais educação.

Será que com mais educação, poderíamos cobrar mais das empresas de fato uma agenda de ESG que saia das redes sociais e vá para a prática? Que atenda de fato o “E” e o “S”? Por que aparecer na mídia fazendo doação após a tragédia, é fácil e gera vários likes! Mas, e o preventivo?

Será que com mais educação a população também não contribuiria para que cenas como essas não acontecessem mais? Ou no mínimo com impactos menores? Digo aqui de coisas simples como não desmatar Áreas de Proteção Permanente, que determinam não ter nenhuma construção em limites de 30 ou 50 metros às margens de rios e lagoas. Essas construções aumentaram 102% nos últimos 30 anos, segundo dados doMapBiomas.

Enfim, cada um tem sua parte de culpa nesse cenário catastrófico. Fica aqui minha reflexão e apelo, para olharmos a raiz do problema e não somente suas consequências.

E da mesma forma que terminei meu texto com minha a equipe, faço a mesma pergunta: Estamos fazendo nosso melhor? Estamos construindo nosso futuro, ou estamos dependendo do acaso?

Mais educação no Brasil por favor! Urgente e para hoje!

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