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É preciso unir forças e investir na qualificação dos jovens para o mercado

Live realizada pela Bússola discutiu o futuro da educação e como o poder público, iniciativa privada e sociedade devem colaborar para o segmento

Educação é o caminho para gerar crescimento e desenvolvimento social. (Divulgação/Divulgação)

Educação é o caminho para gerar crescimento e desenvolvimento social. (Divulgação/Divulgação)

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Publicado em 11 de agosto de 2021 às 20h30.

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Ao se analisar os caminhos que levam a uma sociedade mais inclusiva e próspera, uma agenda é apontada como estratégica e prioritária: a educação. Ela é o melhor caminho para gerar crescimento e desenvolvimento social. Esse foi o ponto central da terceira live da série “Futuros Preferíveis”, promovida hoje pela Bússola.

A live teve a parceria com a gestora de private equity EB Capital, e reuniu Jair Ribeiro, fundador e presidente da Casa do Saber e da Parceiros da Educação, Ricardo Henriques, superintendente executivo do Instituto Unibanco e Luciana Antonini Ribeiro, sócia-fundadora da EB Capital.

Os debatedores falaram sobre o futuro da educação e como o poder público, a iniciativa privada e a sociedade devem trabalhar juntos para exigir e garantir ensino de qualidade. “O envolvimento da sociedade civil na demanda por mais educação é fundamental para se alcançar novos patamares. Estados brasileiros, como o Ceará, Goiás, São Paulo, Espírito Santo e Pernambuco estão bastante avançados na implementação de melhores condições de ensino, porque a população dessas regiões aderiu à causa. O mesmo não acontece com outros estados com menor engajamento de sua população”, afirma Jair Ribeiro.

Outro ponto importante discutido foi a necessidade de reforçar o ensino técnico na formação de jovens. Para se destacar num mercado altamente competitivo, com novos e complexos desafios, o diferencial está na qualificação, que deve ser encarada como uma ferramenta fundamental e permanente no ensino. Entretanto, ao contrário da direção que outros países tomaram ao investirem fortemente neste tipo de competência, o Brasil segue atrasado, principalmente porque não reconhece o ensino técnico e profissionalizante como um agente de transformação econômica e social.

“Temos razões históricas para este descolamento em relação ao mundo. Nos anos 1970, mesmo com o país numa rota de forte crescimento econômico e demográfico, a implementação do ensino técnico e profissionalizante foi posto de lado. A sociedade brasileira contemporânea não reconhece essa modalidade educacional por conta dessa falha histórica e estrutural. Com isso, vivemos um momento em que devemos investir radicalmente em educação. O tema precisa se transformar em pauta absoluta e incontornável de nossa sociedade”, declara Ricardo Henriques.

O ensino técnico é mais rápido do que o superior, mais barato e mais voltado para a prática, além de ter uma taxa expressiva de empregabilidade — 70% dos alunos conseguem emprego em menos de um ano — e serve como base para uma eventual graduação futura. Apesar disso, existem hoje apenas 2 milhões de alunos em cursos técnicos no Brasil e, segundo a OCDE, para atingirmos o mesmo patamar dos demais países latino-americanos, esse número deveria ser de pelo menos 5 milhões.

“Vivemos um apagão de mão de obra para todos os lados. A dor neste aspecto está fazendo com que as empresas se posicionem para investir no aperfeiçoamento da modalidade educacional. Cada vez mais precisamos da sociedade envolvida nesse processo, mas também do capital privado, porque ele é capaz de trazer escala para a resolução das lacunas estruturais do Brasil. Precisamos estabelecer metas concretas, capazes de gerar emprego e progressão”, afirma Luciana Antonini Ribeiro.

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