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Diversidade na produção audiovisual: 4 dicas para não cair no estereótipo

Para entregar campanhas autênticas e com diversidade real, marcas precisam ser fiéis aos valores internos da empresa

Local de fala é essencial para uma boa campanha (Ambev/Divulgação)

Local de fala é essencial para uma boa campanha (Ambev/Divulgação)

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Publicado em 20 de junho de 2022 às 13h40.

Por Bússola

Com a chegada do mês de junho, as empresas começam a levantar bandeiras de representatividade e diversidade nas redes sociais e canais. No entanto, muitas vezes esses valores não são realidades na empresa. “A marca que quiser dialogar com a população LGBTQIA+ precisam atingir um espaço que vai além da existência, aceitação e inclusão: elas precisam conectar as causas a um propósito”, diz Simone Cyrineu, CEO da thanks for sharing, produtora de vídeos em animação 2D para o mercado corporativo.

Como liderança LGBTQIA+, presente em processos de produção de campanhas em vídeo para empresas, a especialista listou para a Bússola quatro dicas para as marcas não caírem no estereótipo de falar sobre representatividade somente em junho e de maneira superficial. Dicas para o ano inteiro.

  1. Buscar sempre o olhar das pessoas que estão envolvidas na sigla para a produção

As marcas precisam considerar mais que representatividade nesse caso. É essencial que esse interesse seja genuíno. Muitos dados mostram que diversidade traz retorno financeiro, sim, mas não adianta fazer uma campanha com casais homossexuais no Dia dos Namorados, por exemplo, e não ter colaboradores e políticas internas de incentivo a essa população. O olhar dessas pessoas na elaboração da campanha é essencial para evitar estereótipos.

  1. Atingir uma linguagem neutra

Quando falamos sobre campanha, atingibilidade, propósito e multiplicidade de olhares, o mais indicado é usar uma linguagem neutra para incluir todas as pessoas e fazer com que elas se sintam pertencentes ao conteúdo consumido.

  1. Revisar o material com quem tem lugar de fala

A representatividade comercial importa na mídia porque, com isso, uma parte da população é educada a falar sobre o assunto. Mas, hoje, é fácil viralizar de maneira negativa porque as pessoas estão muito atentas a isso. Então, é essencial contratar consultorias de diversidade e ter essa multiplicidade de olhares para que os conteúdos não pareçam oportunistas. “É simples: a campanha não vai parecer oportunista se ela não for”, afirma a CEO.

  1. Ouvir os feedbacks

A comunicação envolve emissor e receptor, então, a cada ação feita, é essencial ouvir os feedbacks, visto que é possível que a marca não acerte de primeira. Nesse sentido, escutar é fundamental para evoluir, atingir o propósito desejado e estar adequada à população LGBTQIA+ e com o público-alvo da campanha, consequentemente.

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