“O mais importante é agir, incorporar processos efetivos à produção, através de segurança hídrica", afirma sócio-diretor da A&M Infra (EThamPhoto/Getty Images)
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Publicado em 22 de março de 2024 às 16h14.
No Dia Mundial da Água lembramos: menos de 1% de toda a água do planeta é potável e, infelizmente, grande parte dessa pequena fatia é utilizada para outros fins que não o consumo.
Para o sócio-diretor da A&M Infra e especialista em saneamento, Luiz Gronau, “o mais importante é agir, incorporar processos efetivos à produção, através de segurança hídrica, estudos de infraestrutura e planos adequados, alinhando a empresa, inclusive, aos ODS's (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) da própria ONU”.
Enquanto isso, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), que instituiu a data, 35 milhões de brasileiros não possuem acesso à água. Até 2035 este número pode chegar a 73 milhões.
A boa notícia é que algumas empresas têm agido para ajudar o meio-ambiente. Algumas das práticas adotadas fazem parte, inclusive, da agenda ESG. A gente separou alguns exemplos de companhias com planos sólidos para a resiliência hídrica:
O Porto Sudeste, porto privado localizado em Itaguaí, possui três ETRAP's (Estação de Tratamento e Reúso de Águas Pluviais), com capacidade total de armazenamento de 1.900 m³ de água.
Por meio de um processo físico-químico, o sistema permite que todo o efluente (resíduos produzidos por indústrias, atividades agrícolas ou ambientes domésticos) que passa pelo terminal seja captado, tratado e reutilizado em diferentes operações, como a aspersão dos viradores de vagões e correias transportadoras, o abastecimento de caminhão pipa, alimentação de água de canhões de névoa, lava-rodas e limpeza industrial.
Em fevereiro de 2024, o porto bateu sua meta de 100% de aproveitamento da água, utilizando apenas água da chuva em suas operações.
Comparando 2023 a 2022, a empresa de energia conseguiu reduzir 10% do consumo total de água na Refinaria Mataripe.
As principais iniciativas que possibilitaram esses resultados incluem a minimização das purgas (impurezas) de torres de resfriamento, o mapeamento e saneamento de vazamentos de água e a recuperação de sistemas de reaproveitamento das unidades de tratamento de água.
Coqueiro investe em gestão de resíduos de embarcações pesqueiras em Santa Catarina. Chamado de “Projeto Pesca Limpa”, a ação é inédita no Brasil e realizada em parceria com a Universidade do Vale do Itajaí (Univali). A previsão é coletar 6 toneladas de resíduos sólidos em 1 ano.
Com atuação em 25 embarcações, o projeto tem como objetivo sensibilizar e capacitar as tripulações para o destino correto do lixo produzido a bordo, bem como a problemática da pesca fantasma, que é evitada com a gestão responsável dos resíduos sólidos na cadeia pesqueira, principalmente das redes utilizadas na captura dos peixes.
A mineradora Morro do Ipê é outra empresa que utiliza a água da chuva para evitar o consumo extra dos recursos hídricos.
Em seu balanço do índice de reaproveitamento de água consta que, em 2023, houve um reaproveitamento de 83% de água de reuso nas operações.
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