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Começa a CPI com missão de culpar o governo pelas mortes na pandemia

Princípio sobre a isenção nos trabalhos é apenas retórica, e as conclusões são modeladas pela correlação de forças

Pacheco: presidente do senado critica extremismo e pede diálogo para resolver 'crise real' (Pedro Gontijo/Agência Senado)

Pacheco: presidente do senado critica extremismo e pede diálogo para resolver 'crise real' (Pedro Gontijo/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 27 de abril de 2021 às 18h48.

Última atualização em 29 de abril de 2021 às 16h36.

E a Comissão Parlamentar de Inquérito no Senado instalou-se com uma missão definida pela maioria de seus participantes: apontar a culpa do governo federal pelo alto volume de mortes na pandemia. Na inauguração, ouviram-se declarações de princípio sobre a isenção nos trabalhos. Mas é apenas retórica. Conclusões de CPIs são modeladas não tanto pelos fatos, mas pela correlação de forças.

O Brasil vive uma situação política curiosa, porém habitual. Uma certa bipolaridade espiritual. No Senado, o foco é apontar os canhões da CPI para o Palácio do Planalto. Na Câmara, o presidente da casa legislativa engata a marcha das reformas administrativa e tributária. O que vai prevalecer? A agenda negativa ou a positiva? Naturalmente, cada um mira 2022.

Bem, a correlação de forças na largada da CPI é desfavorável ao Planalto. Mas o desenho que vale mesmo é o a ser observado nas hora das conclusões. Ou seja, um governo que aparentemente perdeu a maioria política no Senado, apesar de manter certa maioria programática, especialmente quando se trata de assuntos relacionados à economia, vai ter de encontrar uma saída do labirinto. 

Não será fácil.

*Alon Feuerwerker é analista político da FSB Comunicação

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