Catástrofes climáticas geram perdas recordes para indústria de seguros – mais de US$ 100 bi
As perdas foram impulsionadas por uma série de eventos climáticos extremos, incluindo furacões, inundações, incêndios florestais e terremotos. Entenda na coluna Gestão Sustentável desta semana
Head da Beon - Colunista Bússola
Publicado em 5 de setembro de 2024 às 14h00.
A Verisk , uma empresa global de informações e análises, divulgou recentemente um relatório que mostra que as perdas anuais médias por catástrofes naturais para a indústria de seguros atingiram um novo recorde de US$ 151 bilhões em 2023. Isso representa um aumento de 12% em relação ao ano anterior e é o quarto ano consecutivo de aumento.
As perdas foram impulsionadas por uma série de eventos climáticos extremos, incluindo furacões, inundações, incêndios florestais e terremotos.
- Os Estados Unidos foram o país mais afetado, com perdas de US$ 81 bilhões.
- Outros países com perdas significativas são China (US$ 24 bilhões), Japão (US$ 12 bilhões) e Austrália (US$ 10 bilhões).
O que provoca essas perdas?
As perdas por catástrofes naturais aumentam devido a uma série de fatores, incluindo urbanização e exposição crescente. Contudo, é inegável que a emergência climática atual tem levado a um aumento na frequência e na intensidade de eventos extremos.
A urbanização aumenta a exposição a esses riscos, na medida em que mais pessoas estejam vivendo em áreas vulneráveis, o que aumenta por consequência a um aumento no valor dos ativos em risco.
O que esperar dos próximos anos para a indústria de seguros?
O relatório da Verisk é um alerta para a indústria de seguros de que as perdas por catástrofes naturais continuarão a aumentar nos próximos anos. As seguradoras precisam se preparar para esse desafio, tomando medidas para reduzir sua exposição a esses eventos e aumentando seus prêmios. Os consumidores também precisam estar cientes dos riscos de catástrofes naturais e tomar medidas para se protegerem, como comprar seguro e tomar medidas para mitigar os riscos, além de estarem cientes de que o custo dos seguros potencialmente irá crescer.
Para quem ainda duvida que risco climático é material para o negócio, as evidências continuam a demonstrar o contrário.
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