BÚSSOLA TRENDS: A nova era do rádio chegou para ficar?
O áudio se tornou protagonista em 2021; precisamos valorizar a importância do som
Bússola
Publicado em 7 de julho de 2021 às 11h02.
Por Alexandre Loures e Flávio Castro*
Nossa curadoria da semana aborda a importância do som como ferramenta de comunicação e marketing em um novo ambiente de consumo de conteúdo onde a voz, e a música, humanizam a presença digital.
Temos acompanhado a valorização do áudio nos últimos anos e, principalmente durante a pandemia, houve um aumento significativo do consumo de áudio digital, que podemos atribuir à conveniência da comunicação.
Começou com a retomada e o rápido crescimento dos podcasts em 2019, depois com o boom das “salas de conversas” em tempo real em redes sociais como o Clubhouse; o Twitter lançou o Spaces, novo recurso que permite criar salas de chat de voz; e o Facebook divulgou, em junho, uma nova ferramenta, disponível nos EUA, que inclui uma opção para ouvir podcasts pelo aplicativo, além do Live Audio Rooms. A rede social promete anunciar, em breve, a opção de soundbites para compartilhamento de mensagens de voz curtas e também uma ferramenta de criação de áudio com a função de estúdio portátil, em fase avançada de desenvolvimento.
Neste cenário, os serviços de streaming de música não ficaram de fora e começaram a rever a entrega da música para os ouvintes.
Algumas plataformas de streaming, como Deezer e Tidal, já utilizam a tecnologia Hi-Fi (High Fidelity), um formato mais realista e que não perde a qualidade do som.
O Amazon Music já conta com uma versão de alta qualidade de áudio mas não está disponível no Brasil. Ainda.
A Apple Music anunciou, em junho deste ano, que todo o seu catálogo já está em alta definição, com qualidade Lossless.
A concorrência fez com que o Spotify, um dos serviços de streaming mais populares do mundo, corresse contra o tempo para oferecer áudio sem perda para assinantes premium – ainda sem data de lançamento.
Todas as plataformas estão se desenvolvendo para entregar mais conteúdo e mais qualidade de áudio nesse novo cenário onde o áudio é protagonista.
No formato home office, tendência de permanência na maioria das grandes empresas, as pessoas continuam conectadas; podem ouvir livros, fazer cursos, escutar podcasts, rádios, músicas, sem precisar estarem 100% disponíveis.
Ouvir significa, nos dias atuais, otimizar o tempo.
É preciso pensar em estratégias de áudio para investir em uso de mídia sonora e áudio advertising.
Podcasts, conteúdo para home assistants, player de áudio nos posts, audiobooks, sound branding, apps mobile, games e rádios online geram aumento de tempo de permanência do usuário nos sites, captação de leads, tráfego, engajamento e autoridade digital.
A voz se torna o centro das atenções e transforma a presença digital em uma experiência mais humanizada.
Portanto, o futuro promete mais qualidade de audição.
As pessoas querem ouvir. O importante, agora, é saber o que, e como, falar!
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*Alexandre LoureseFlávio Castrosão sócios da FSB Comunicação
Este é um conteúdo da Bússola, parceria entre a FSB Comunicação e a Exame. O texto não reflete necessariamente a opinião da Exame.
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