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Wyllys diz que evitou Bolsonaro em avião por “fascistofobia”

A polêmica começou quando Bolsonaro divulgou um vídeo em que diz ter sido discriminado por Jean Wyllys durante um voo.

EXAME.com (EXAME.com)

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Mariana Desidério

Mariana Desidério

Publicado em 14 de abril de 2015 às 10h54.

São Paulo – Depois de ter sido acusado pelo deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) de “heterofobia”, o também deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) deu entrevista sobre o caso e disse que evitou sentar ao lado de Bolsonaro num avião por “fascistofobia”.

A polêmica começou quando Bolsonaro divulgou um vídeo feito por ele mesmo em que diz ter sido discriminado por Jean Wyllys durante um voo.

As imagens mostram o momento em que Bolsonaro entra no avião e avisa a Jean Wyllys que estará sentado ao seu lado durante o voo. Wyllys então se levanta e muda de assento. “Tô me sentindo discriminado. Imagine se fosse o contrário”, diz Bolsonaro, com a câmera na mão.

Em entrevista ao IG, Jean Wyllys respondeu à acusação. “É impossível que as pessoas percam a memória em relação ao que esse cara fez. É o mesmo que esperar que judeu sente ao lado de um nazista, ou que um negro sente ao lado de um racista contumaz que ataca a comunidade negra”, disse.

Sobre a acusação de “heterofobia”, Wyllys afirmou: “Não é heterofobia, porque no avião havia outros tantos héteros. O máximo que eu tive foi uma fascistofobia, uma fobia de fascistas”.

Jean Wyllys falou ainda sobre a suspeita de que seu assento no voo tenha sido revelado a Bolsonaro por algum funcionário da TAM. Procurada, a companhia aérea disse que está apurando o caso.

Bolsonaro é condenado a pagar R$ 150 mil por homofobia

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