O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) (Wilson Dias/ABr/Divulgação)
Valéria Bretas
Publicado em 13 de março de 2017 às 09h49.
Última atualização em 13 de março de 2017 às 19h05.
São Paulo – Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo nesta segunda-feira (13), o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) atribuiu o seu desempenho nas pesquisas eleitorais à defesa da violência como meio para combater a violência.
“Você não combate violência com amor, combate com porrada, pô. Se bandido tem pistola, [a gente] tem que ter fuzil”, respondeu o parlamentar ao ser questionado se achava construtivo adotar um discurso violento.
Bolsonaro ainda se mostrou otimista em relação à corrida presidencial: "Quando vou para qualquer capital de Estado, tem no mínimo mil pessoas me esperando. Tenho bandeiras que um presidente pode levar avante e o povo está gostando", disse.
Ele também afirmou que, se eleito para o Planalto em 2018, nomeará militares para metade de seu ministério. “Se eu chegar lá um dia [na Presidência], vou botar militares em metade dos ministérios, gente igual a mim”.
Ao falar sobre o governo de Michel Temer, ele disse ao jornal que o peemedebista "está fazendo tudo para se manter vivo". "Não vou ajudar a desestabilizar, mas não vou votar tudo o que ele quer. Meu voto não é comprado", afirmou.
Quando perguntado sobre o processo em que é réu por suposta incitação ao crime de estupro e injúria, ele disse: "Não vou discutir. Não é a imprensa nem o Supremo que vão falar o que é limite pra mim. Vão catar coquinho, não vou arredar em nada, não me arrependo de nada que falei".
Sobre suas declarações polêmicas ao longo de sua vida pública ele afirmou que não tem medo de ser punido. "Por que seria? Eu tenho imunidade para quê? Sou civil e penalmente inimputável por qualquer palavra. Posso falar o que bem entender, isso é democracia".