Alberto Goldman: ele não deve participar da próxima direção nacional do PSDB, que será escolhida em julho e deve manter Aécio na presidência (Valter Campanato/AGÊNCIA BRASIL)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 14h23.
São Paulo - O vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de SP, Alberto Goldman, criticou o comando nacional do partido pela divisão dos deputados da sigla na votação da proposta do distritão, nessa terça-feira, 26, na Câmara.
A alteração no sistema de escolha dos deputados era defendida pelo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mas foi derrotada pela maioria.
"Na votação do distritão, que seria o tiro fatal não tão medíocre e nascente democracia brasileira, o PSDB deu 26 votos contra e 21 a favor."
Nesse sistema, seriam eleitos os deputados e vereadores mais votados, sem considerar o número de votos recebido pelos partidos ou coligações, como é atualmente.
A mensagem, divulgada em seu blog, terminou com uma ironia endereçada à cúpula do partido: "Foi uma bela demonstração de unidade e organização partidária."
Entre os tucanos favoráveis à proposta defendida por Cunha estavam o ex-líder da legenda na Câmara, Bruno Araújo (PE), e Arthur Virgílio Bisneto (AM).
O distritão obteve 210 fotos a favor, mas precisava de 308, número mínimo para aprovar uma emenda à Constituição.
O posicionamento de parte da bancada foi contra a orientação do senador Aécio Neves (MG), presidente nacional do partido.
Goldman não deve participar da próxima direção nacional do PSDB, que será escolhida em julho e deve manter Aécio na presidência.
Tucanos ligados ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, entretanto, terão mais espaço na cúpula da legenda.