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Vice de Boulos, Sônia Guajajara crítica troca no comando da Funai

Após pressão da bancada ruralista, governo nomeou ex-subsecretário do Ministério dos Transportes Wallace Moreira Bastos como presidente da Funai

Sônia Guajajara: "Nós temos que lutar por nós, para fortalecer a democracia e garantir os nossos direitos" (Nunah Alle/PSOL/Divulgação)

Sônia Guajajara: "Nós temos que lutar por nós, para fortalecer a democracia e garantir os nossos direitos" (Nunah Alle/PSOL/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 24 de abril de 2018 às 16h13.

Brasília - Pré-candidata a vice-presidente pelo PSOL, a liderança indígena Sônia Guajajara, criticou nesta terça-feira, 24, a troca no comando da Fundação Nacional do Índio (Funai) após pressão da bancada ruralista.

Ao lado de Guilherme Boulos, que encabeça a chapa, Sônia também fez críticas ao atual governo e à paralisação da demarcação de terras indígenas. "Nós temos que lutar por nós, para fortalecer a democracia e garantir os nossos direitos", disse em discurso durante atividade no Acampamento Terra Livre, que ocorre em Brasília. O evento é promovido pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), cuja coordenação é de Sônia Guajajara.

Nesta terça-feira, o governo publicou a nomeação do ex-subsecretário de Assuntos Administrativos do Ministério dos Transportes Wallace Moreira Bastos como presidente da Funai, no lugar do general Franklimberg Ribeiro Freitas, que deixou o posto na semana passada após reclamações da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que representa a bancada ruralista no Congresso Nacional.

Conforme antecipou o Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, a escolha de Wallace Moreira Bastos foi definida ontem pelo presidente Michel Temer, atendendo a pleito do PSC, com apoio da bancada ruralista. O nome de Bastos foi levado ao Palácio do Planalto pelo líder do governo no Congresso Nacional, deputado André Moura (PSC-SE).

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