Vereadores: segundo a PF, além de receberem pagamentos em dinheiro eles também tinham "poderes" especiais (CMFI/Divulgação)
Estadão Conteúdo
Publicado em 15 de dezembro de 2016 às 13h56.
São Paulo - Doze vereadores de Foz do Iguaçu (PR) foram presos nesta quinta-feira, 15, por suspeita de recebimento de um mensalinho.
Os valores oscilavam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, segundo informou a Polícia Federal. Entre os presos está o presidente da Câmara, Fernando Dusa (PT).
As informações foram levantadas na Operação Nipoti, quinta fase da Pecúlio - investigação sobre desvios de recursos públicos no âmbito da Câmara de Foz.
A PF constatou que os vereadores não eram beneficiados apenas com depósitos mensais. Eles também tinham "poderes" para indicar apadrinhados para cargos em comissão e para assumir vagas em empresas que prestavam serviços terceirizados.
A nova etapa da Operação Pecúlio foi deflagrada a partir de informações reveladas pelo ex-diretor de Obras e Pavimentação de Foz, Girnei Azevedo, que fechou acordo de delação premiada. Ele é suspeito de cobrar propinas de empreiteiras.
A Procuradoria da República atribui ao prefeito afastado Reni Pereira (PSB) envolvimento com o esquema.
A Operação Nipoti cumpriu 78 mandados judiciais, dos quais 20 de prisão preventiva que atingem quase toda a Câmara de Foz - dos seus 15 vereadores, 12 são alvos dos mandados.