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Vereador do PR pede suspensão do plebiscito "O Sul é meu país"

Advogado afirmou que o movimento ainda não foi notificado, mas que pretende recorrer

Plebisul (Divulgação/Plebisul/Facebook/Divulgação)

Luiza Calegari

Publicado em 2 de outubro de 2017 às 15h41.

Última atualização em 2 de outubro de 2017 às 16h47.

São Paulo - O vereador Goura, de Curitiba, protocolou no Ministério Público Eleitoral um pedido de suspensão do PlebiSul, um plebiscito informal que vai questionar a separação dos estados da região Sul do restante do país.

A consulta popular, que deve ocorrer neste sábado, dia 7, é promovida pelo movimento O Sul é meu país.

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O vereador afirma ainda ter se encontrado com o desembargador do Tribunal Regional Eleitoral para expressar preocupação com a realização do plebiscito.

"Não vejo nenhuma justificativa para isso. Além do mais, temos um histórico de xenofobia, porque fomos colonizados por populações europeias, nós esquecemos que o Sul foi construído sobre o sangue dos índios, dos negros escravizados também", justificou o vereador.

"Como vereador de uma das capitais do Sul, eu expressei minha preocupação ao órgão responsável, que é o Ministério Público. Se eles constatarem que não há irregularidade, vai ser o órgão responsável falando. Mas o momento político que a gente está vivendo pede união, pede moderação. Há a nação brasileira, é preciso respeitá-la".

O advogado do movimento O Sul é meu país, Paulo Demchuk, afirmou que eles ainda não foram notificados sobre o pedido de suspensão, mas que vão recorrer quando forem.

"Está previsto na Constituição que o poder emana do povo, e que o povo tem direito à autodeterminação. Se o poder emana do povo, o sistema de governo é anterior às regras dele. Se a população decidir que quer monarquia, instala-se a monarquia. Se o povo for impedido de se autodeterminar, não há democracia", defende o advogado.

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