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Vélez, Mourão, Damares: políticos se pronunciam sobre tiroteio em Suzano

A Polícia Militar confirma dez mortos na tragédia, ainda há nove feridos sendo atendidos em hospitais e clínicas do interior de São Paulo

Tiroteio: o ministro da Educação, Ricardo Vélez, expressou seu repúdio à manifestação de violência (Amanda Perobelli/Reuters)

Tiroteio: o ministro da Educação, Ricardo Vélez, expressou seu repúdio à manifestação de violência (Amanda Perobelli/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de março de 2019 às 15h11.

Última atualização em 23 de abril de 2019 às 16h30.

São Paulo — Quase cinco horas depois do massacre na Escola Estadual Professor Raul Brasil, em Suzano (SP), que deixou ao menos dez mortos, autoridades usaram as redes sociais para prestar solidariedade às vítimas e aos familiares.

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, expressou seu repúdio à manifestação de violência e disse que acompanhará os desdobramentos da tragédia.

"Recebo com muita tristeza a notícia de que crianças e um funcionário foram brutalmente assassinados na escola Prof. Raul Brasil, em Suzano, SP. Meus sentimentos às famílias. Acompanharei de perto a apuração dos fatos", disse o ministro na rede social. Até o momento, o presidente da República, Jair Bolsonaro, não se manifestou.

Por sua vez, o vice-presidente, Hamilton Mourão, disse que é preciso entender por que tragédias como a de Suzano estão acontecendo com mais frequência no país.

"É muito triste. A gente tem que chegar à conclusão por que isso está acontecendo. Essas coisas não aconteciam no Brasil, aconteciam em outros países", lamentou o vice.

Mourão não considera que a tragédia em Suzano tenha relação com o debate sobre flexibilização da posse e porte de armas, uma das bandeiras de Bolsonaro na campanha, mas admitiu que a associação neste momento será inevitável.

"Não vejo essa questão. Vai dizer que a arma que os caras estavam lá era legal? Acho que não tem nada a ver, mas sei que a questão vai ser colocada", declarou.

A ministra Damares Alves, da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, afirmou que o governo já está estudando políticas públicas para enfrentar a violência.

O governador de São Paulo, João Doria cancelou a agenda desta quarta-feira (13) e seguiu para o local com autoridades estaduais e municipais.

"Estou muito impactado", afirmou. "Uma cena mais triste que assisti em toda a minha vida", disse. O governador e as autoridades fazem uma segunda vistoria na escola, que foi isolada. A identidade das vítimas ainda está sendo levantada.

A Escola Estadual Raul Brasil atende os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, com um total de 1.058 alunos matriculados.

Oferece ainda cursos de línguas para 1.534 estudantes. Contando com a direção, tem 14 funcionários e 63 professores. Tem uma estrutura com 30 salas e espaços para aulas e atividades extra-curriculares, ambientes de leitura e laboratórios de química e de física.

Segundo a Secretaria Estadual de Educação, ainda não é possível afirmar quantos desses alunos estavam no local no momento em que ocorreu o tiroteio. Os tiros, conforme a secretaria, foram disparados durante o intervalo das aulas da manhã.

A Polícia Militar informou dez mortos. Há ainda nove feridos sendo atendidos em hospitais e clínicas da região.

O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, também prestou solidariedade às famílias das vítimas. "Meus sentimentos às famílias das vítimas do terrível atentado em Suzano", escreveu o ministro.

Os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), recorreram ao Twitter para se solidarizar.

"A tragédia de Suzano, hoje, mostra que é hora do Brasil unir forças e competências para compreender o que houve e impedir a repetição de massacres como este", escreveu Maia. "Precisamos ser solidários com as famílias, parentes e amigos das crianças e dos funcionários da escola Raul Brasil", completou o deputado.

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