Quem está com Dilma e quem está com Aécio na campanha
Veja alguns dos nomes que atuam nas campanhas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) para a presidência da República
Mariana Desidério
Publicado em 21 de outubro de 2014 às 19h25.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h00.
São Paulo - A campanha para presidente do Brasil está chegando ao fim e muito já se discutiu a respeito das propostas de Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) para o futuro do país. O eleitor também já teve a oportunidade de assistir a alguns debates entre os dois presidenciáveis. No entanto, uma campanha não é feita por uma pessoa só. Por trás dos candidatos há uma equipe que articula alianças políticas, pensa quais devem ser os próximos passos na disputa pelo cargo e também ajuda a definir o programa de governo dos candidatos à presidência. Conhecer essa equipe ajuda a entender melhor o que esperar do candidato, caso ele seja eleito. Veja a seguir alguns nomes importantes envolvidos na campanha petista e na campanha tucana.
É o coordenador geral da campanha. Presidente do DEM, está em seu quarto mandato como senador pelo Rio Grande do Norte. Foi duas vezes governador daquele estado, além de prefeito de Natal durante a ditadura militar. Antes de atuar no DEM, esteve no PFL e no PDS (antiga Arena). Nas eleições de 2010, recebeu R$ 4,8 milhões em doações, de acordo com informações da Transparência Brasil. As principais empresas doadoras foram a Eit Empresa Industrial Técnica S/A, a Companhia Metalúrgica Prada e o banco Itaú. Agripino detém concessão de radiodifusão (emissoras de rádio e TV) e é pai do deputado federal Felipe Maia (DEM). O patrimônio do senador declarado à justiça eleitoral em 2010 é de R$ 4,2 milhões. Atuou pelo fim da CPMF.
Filiado ao PSDB, foi governador de São Paulo em 2010, quando José Serra deixou o cargo para tentar a presidência da República. Começou sua carreira política no Partido Comunista Brasileiro, durante a ditadura militar. Depois filiou-se ao MDB (hoje PMDB), e foi deputado estadual (dois mandatos) e deputado federal (seis mandatos). Foi secretário de Orestes Quércia no governo de São Paulo e ministro dos transportes de Itamar Franco. Filiou-se ao PSDB em 1997.
É vereador em São Paulo pelo PSDB. Também ocupou as secretarias da Cultura, de Serviços e de Coordenação das Subprefeituras da capital paulista. Teve ainda cargos no governo do estado de São Paulo e no governo federal.
Em fevereiro, a Justiça Federal autorizou a abertura de inquérito policial para investigar seu suposto envolvimento em um esquema de corrupção com a empresa Alstom.
Em fevereiro, a Justiça Federal autorizou a abertura de inquérito policial para investigar seu suposto envolvimento em um esquema de corrupção com a empresa Alstom.
Foi presidente do Banco Central no segundo governo FHC e fundador da Gávea Investimentos. Critica a política econômica do governo Dilma. Para ele, é preciso reconquistar a confiança dos investidores e controlar a inflação o quanto antes, mesmo que seja necessário tomar medidas impopulares, segundo afirmou em entrevista ao jornal O Estado de S.Paulo.
Irmã do candidato, é uma das cabeças de sua campanha e, de acordo com reportagem publicada no IG, “teve papel fundamental na construção da imagem de Aécio como gestor competente que saneou as finanças do Estado”. No documentário “Censurados no Brasil”, é denunciada por jornalistas mineiros como uma das principais aliadas de Aécio na tentativa de censurar os veículos locais de comunicação. Foi uma das fundadoras do PT no Rio de Janeiro na década de 1980.
Foi presidente da República por dois mandatos (eleito em 1994 e 1998). Também foi senador, ministro das Relações Exteriores e da Fazenda. Foi um dos responsáveis pela implementação do Plano Real no governo Itamar Franco. Seu governo também foi marcado por denúncias de compras de votos para a aprovação no Congresso da emenda constitucional que permitiu a reeleição. É sociólogo e autor de vários livros sobre mudança social e desenvolvimento no Brasil e na América Latina.
Coordenador geral da campanha petista. É o presidente do PT e coordenou a campanha de Dilma para presidente em 2010. Já havia coordenado outras campanhas do partido, como a de Lula à presidência em 1994, mas perdeu. Ajudou a fundar o PT na década de 1980 e desde então foi deputado estadual em São Paulo e deputado federal pelo mesmo estado. Também foi secretário de governo na administração Marta Suplicy em São Paulo. Durante a ditadura, militou na organização de esquerda armada VAR-Palmares, a mesma em que atuou a presidente Dilma.
É ministro da Casa Civil do governo Dilma, no qual também já foi ministro da Educação e da Ciência e Tecnologia. Concorreu duas vezes ao governo de São Paulo pelo PT (em 2006 e 2010), mas não se elegeu. Foi eleito deputado federal por dois mandatos e também foi senador. É economista e professor licenciado da PUC e da Unicamp. Foi coordenador da campanha de Lula nas eleições de 1989 e 2002.
Deputado estadual em São Paulo pelo PT, é o tesoureiro da campanha de Dilma. Também foi vereador em Araraquara e prefeito da cidade duas vezes (em 2000 e 2004). Foi eleito presidente estadual do partido em 2007 e em 2009. Tomou contato com a política através da Igreja Católica, quando se envolveu com a Teologia da Libertação. É sociólogo e professor. No ano passado, logo após os protestos de junho, deu entrevista à revista Época afirmando que “não é bom para a democracia, num projeto de longo prazo, só o PT exercer e desempenhar o papel de governo.”
Começou sua militância política durante a ditadura em organizações estudantis de esquerda. Em 1968, foi preso durante o congresso da UNE em Ibiúna e solto dois dias antes da edição do AI-5. Integrou grupos de oposição armada ao regime militar e participou do sequestro do embaixador americano Charles Elbrick. Viveu exilado na França. De volta ao Brasil, trabalhou em diversos veículos de comunicação. Foi ministro da Secretaria de Comunicação Social do governo Lula.
É ministro da Secretaria-Geral da Presidência do governo Dilma, e foi chefe de gabinete de Lula. Ex-seminarista, começou sua atuação política na Pastoral Operária, ligada à Igreja Católica. Na campanha, tem o papel de ajudar no diálogo com movimentos sociais e com a Igreja. Em 2005, João Francisco Daniel, irmão de Celso Daniel, prefeito de Santo André morto em 2002, afirmou que Carvalho seria o responsável por repassar recursos supostamente arrecadados pela prefeitura para financiamento da campanha que levou Lula à presidência em 2002. Em abril deste ano, Carvalho esteve na Câmara dos Deputados para falar sobre acusações feitas pelo ex-secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, a respeito do suposto esquema de corrupção em Santo André.
Foi chefe de gabinete da presidente (deixou o cargo para atuar na campanha de reeleição). Também já trabalhou com Dilma no governo de Olívio Dutra, no Rio Grande do Sul, e nas passagens da candidata pelos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil, segundo o Valor Econômico.Também atuou na campanha para presidente de 2010. É geólogo de formação e, assim como Dilma, foi filiado ao PDT.
É o marqueteiro da campanha de Dilma. Já ajudou a eleger seis presidentes: Lula (reeleição, 2006), Mauricio Funes (El Salvador, 2009), Dilma Rousseff (2010), Danilo Medina (República Dominicana, 2012), José Eduardo dos Santos (Angola, 2012) e Hugo Chavez/Nicolás Maduro (Venezuela, 2012). Baiano, já trabalhou como jornalista. Antes do início da campanha, deu uma declaração polêmica para a revista Época, na qual afirmou: "Dilma vai ganhar no primeiro turno, em 2014, porque ocorrerá uma antropofagia de anões. Eles vão se comer, lá embaixo, e ela, sobranceira, vai planar no Olimpo”.
Deixou o cargo de ministro do Desenvolvimento Agrário para atuar na campanha de Dilma. Além do ministério, já esteve à frente da Petrobras Biocombustível. Também foi deputado federal pelo Rio Grande do Sul e vice-governador daquele estado. Participou da criação e coordenação do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel e da elaboração do Selo Combustível Social. É gaúcho e formado em Ciências Políticas.
Mais lidas
Mais de Brasil
Quem é o pastor indígena que foi preso na fronteira com a ArgentinaOito pontos para entender a decisão de Dino que suspendeu R$ 4,2 bilhões em emendas de comissãoMinistro dos Transportes vistoria local em que ponte desabou na divisa entre Tocantins e MaranhãoAgência do Banco do Brasil é alvo de assalto com reféns na grande SP