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Utilização de gás em botijões exige fiscalização rigorosa

Segundo especialista em gerenciamento de riscos, os momentos mais delicados são o de instalação de equipamentos e o de manutenção de seus componentes

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 13h51.

Rio de Janeiro - A utilização do gás liquefeito de petróleo (GLP), armazenado em botijões, exige fiscalização rigorosa no momento da instalação dos equipamentos e manutenção cuidadosa de todos os seus componentes. A afirmação é do pesquisador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Moacyr Duarte, especialista em gerenciamento de riscos, planejamento de emergências e catástrofes tecnológicas.

Segundo ele, os estragos causados por uma explosão com esse tipo de gás alcançam grandes proporções pela sua característica de acúmulo em um ambiente. Duarte lembrou que o GLP é amplamente utilizado no país.

Na manhã de hoje (13), um acidente, possivelmente em função do vazamento de GLP em uma lanchonete no centro do Rio de Janeiro , provocou a morte de três pessoas e deixou outras 13 feridas.

“O GLP é um gás muito pesado. Quando vaza, ele tem maior facilidade de se acumular em um ambiente. Diferentemente do que ocorre com o gás natural, que tem uma capacidade maior de dispersão e busca seus meios de saída, o GLP fica preservado como em uma piscina. Para se ter uma ideia, quando há vazamento em uma cozinha, a maior parte do gás fica acumulado a uma altura de até 1,50 metro do chão. Quando há explosão é de maior porte”, explicou.

O especialista alertou que para evitar vazamentos de gás de botijão é preciso seguir criteriosamente alguns passos. Inicialmente, deve-se ter atenção aos prazos de validade dos componentes de instalação, como mangueira, juntas metálicas, reguladores de pressão, e substitui-los sempre que necessário; além disso, todas as peças devem ter certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Para Moacyr Duarte, a escolha do profissional que fará a instalação do botijão também precisa ser cuidadosa e o ideal é procurar indicação na distribuidora de gás. Ele ressaltou que, após a instalação, o consumidor pode fazer um teste prático para verificar se há vazamento.

“Após cada troca, deve-se pegar uma esponja, molhá-la com detergente e produzir uma espuma. Essa espuma deve ser colocada nos locais de passagem do gás para ver se está borbulhando. Caso esteja, é preciso apertar um pouco mais os equipamentos. Se persistir, o consumidor deve chamar um técnico e efetuar a troca porque há algum defeito”, orientou.

O pesquisador afirmou acreditar na hipótese de explosão durante o acidente desta manhã, embora não tenha vistoriado as instalações da lanchonete. Segundo ele, os estragos causados são compatíveis com esse tipo de vazamento.

“Não vi as instalações, mas parece mesmo explosão de GLP, pelo padrão dos estragos, com grande deformação embaixo e nos andares de cima. O gás deve ter ficado acumulado dentro do estabelecimento e a ação dos funcionários, nos procedimentos iniciais da manhã, proporcionou a fonte de ignição”, avaliou.

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Rio de Janeiro - A utilização do gás liquefeito de petróleo (GLP), armazenado em botijões, exige fiscalização rigorosa no momento da instalação dos equipamentos e manutenção cuidadosa de todos os seus componentes. A afirmação é do pesquisador do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Moacyr Duarte, especialista em gerenciamento de riscos, planejamento de emergências e catástrofes tecnológicas.

Segundo ele, os estragos causados por uma explosão com esse tipo de gás alcançam grandes proporções pela sua característica de acúmulo em um ambiente. Duarte lembrou que o GLP é amplamente utilizado no país.

Na manhã de hoje (13), um acidente, possivelmente em função do vazamento de GLP em uma lanchonete no centro do Rio de Janeiro , provocou a morte de três pessoas e deixou outras 13 feridas.

“O GLP é um gás muito pesado. Quando vaza, ele tem maior facilidade de se acumular em um ambiente. Diferentemente do que ocorre com o gás natural, que tem uma capacidade maior de dispersão e busca seus meios de saída, o GLP fica preservado como em uma piscina. Para se ter uma ideia, quando há vazamento em uma cozinha, a maior parte do gás fica acumulado a uma altura de até 1,50 metro do chão. Quando há explosão é de maior porte”, explicou.

O especialista alertou que para evitar vazamentos de gás de botijão é preciso seguir criteriosamente alguns passos. Inicialmente, deve-se ter atenção aos prazos de validade dos componentes de instalação, como mangueira, juntas metálicas, reguladores de pressão, e substitui-los sempre que necessário; além disso, todas as peças devem ter certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

Para Moacyr Duarte, a escolha do profissional que fará a instalação do botijão também precisa ser cuidadosa e o ideal é procurar indicação na distribuidora de gás. Ele ressaltou que, após a instalação, o consumidor pode fazer um teste prático para verificar se há vazamento.

“Após cada troca, deve-se pegar uma esponja, molhá-la com detergente e produzir uma espuma. Essa espuma deve ser colocada nos locais de passagem do gás para ver se está borbulhando. Caso esteja, é preciso apertar um pouco mais os equipamentos. Se persistir, o consumidor deve chamar um técnico e efetuar a troca porque há algum defeito”, orientou.

O pesquisador afirmou acreditar na hipótese de explosão durante o acidente desta manhã, embora não tenha vistoriado as instalações da lanchonete. Segundo ele, os estragos causados são compatíveis com esse tipo de vazamento.

“Não vi as instalações, mas parece mesmo explosão de GLP, pelo padrão dos estragos, com grande deformação embaixo e nos andares de cima. O gás deve ter ficado acumulado dentro do estabelecimento e a ação dos funcionários, nos procedimentos iniciais da manhã, proporcionou a fonte de ignição”, avaliou.

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