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USP acionará Justiça contra fechamento de portões

Greve já dura 73 dias e teve início após reitoria decidir não conceder reajuste salarial a professores e funcionários pela a crise financeira da universidade


	USP: os três portões do câmpus Butantã, na zona oeste, ficaram fechados pela manhã
 (Marcos Santos/Divulgação/USP)

USP: os três portões do câmpus Butantã, na zona oeste, ficaram fechados pela manhã (Marcos Santos/Divulgação/USP)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 16h27.

São Paulo - A reitoria da Universidade de São Paulo (USP) informou que vai comunicar à Justiça o fechamento dos portões da Cidade Universitária na manhã desta quinta-feira, dia 7.

A universidade entende que a ação comandada pelo Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) contraria decisão judicial de reintegração de posse concedida no dia 24 de julho.

Os três portões do câmpus Butantã, na zona oeste, ficaram fechados pela manhã. Às 13h, a portaria 3, na Avenida Escola Politécnica, continuava interditada.

"O fechamento dos portões, que prejudica as atividades administrativas e acadêmicas da Universidade no dia de hoje e se caracteriza como descumprimento da liminar", afirmou a universidade em nota. Segundo a instituição, a liminar se refere a todos os prédios da Cidade Universitária.

O ato tem como objetivo principal protestar contra o corte de ponto promovido pela universidade.

A USP informou que 10% dos técnico-administrativos estão em greve. A reitoria defende que o corte no ponto dos salários dos grevistas tem como base a lei nº 7.783/1989, artigo 7º.

A greve na USP já dura 73 dias e teve início após a reitoria decidir não conceder reajuste salarial a professores e funcionários por causa da crise financeira que vive a universidade.

A folha de pagamento já representa 105% dos repasses do Estado para a Universidade.

A USP defende que não interrompeu o diálogo com a categoria.

"O Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas (Cruesp), que congrega USP, Unesp e Unicamp, manteve sempre abertas as negociações, que, contrariamente ao divulgado pelos sindicatos, nunca foram fechadas, e agendou, para 3 de setembro, a sexta reunião, desde 12 de maio, para a discussão da data-base", completou a nota.

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