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Uso ilegal de gás pode ter provocado explosão no Rio

A tragédia ocorreu às 7h21, depois que os funcionários tentaram sem sucesso controlar um vazamento de gás

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2011 às 20h51.

Rio de Janeiro - O estoque clandestino e o uso ilegal de cilindros de gás foram as prováveis causas da explosão que matou três homens, feriu 17 pessoas, sendo que deixou três em estado grave, na manhã de hoje, no restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro. O impacto quebrou janelas até o 9º andar do edifício Riqueza. O deslocamento de ar projetou um dos corpos por 35 metros.

A tragédia ocorreu às 7h21, depois que os funcionários tentaram sem sucesso controlar um vazamento de gás. O tremor foi sentido em outros prédios e levou pânico aos hóspedes de um hotel da cadeia Formula 1, vizinho ao restaurante.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, o condomínio do edifício Riqueza foi notificado sobre a proibição do uso de gás em agosto de 2010. Ele mostrou um laudo com o parecer de que "a edificação não foi aprovada para a utilização de gás combustível seja sob a forma de cilindro de GLP ou canalizado, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem a prévia autorização da DGST (Diretoria Geral de Serviços Técnicos)". No entanto, o restaurante continuou funcionando da mesma forma.

O presidente da Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca), Roberto Cury, disse que há um mês compareceu a uma reunião no restaurante e viu botijões no local. A CEG, concessionária de fornecimento de gás do Rio, informou que desde 1961 não abastecia o prédio por falta de estrutura do local. Após a explosão, os bombeiros recolheram três botijões de gás de 13 litros. Funcionários revelaram que o fogão era abastecido por uma bateria de cilindros de gás interligados, que tinham apresentado vazamento na última terça-feira.


O atendente Renato Fiel afirmou que o equipamento de gás do restaurante era operado de forma precária. Segundo ele, os seis cilindros de grande porte ficavam no subsolo do estabelecimento, onde os funcionários trocavam de roupa antes e depois do expediente. "Quem ficava responsável por mexer nos cilindros de gás era o próprio cozinheiro. Por isso aconteceu o que aconteceu", disse.

O proprietário do Filé Carioca, Carlos Rogério do Amaral, de 47 anos, que pode ser indiciado por homicídio culposo, foi internado em estado de choque no Hospital Quinta D'Or e não comentou a tragédia. O advogado do restaurante, Bruno Castro, informou que a empresa vai prestar toda a assistência necessária às vítimas da explosão e que foram contratados peritos particulares para investigar as causas do acidente.

A funcionária do Filé Carioca, Michelle Medeiros Santos, de 29 anos, esteve no restaurante momentos antes da explosão. "Cheguei às 7 horas e o seu Antônio, o cozinheiro, pediu que eu saísse e não deixasse ninguém entrar, mas entrei com ele e senti um forte cheiro de gás. Havia dois outros rapazes lá dentro. Um era Egídio e tinha outro menino que não sei o nome. Saímos todos, mas eles ficaram na porta. Eu andei e pouco depois ouvi a explosão", contou. Ela ainda teve que identificar os dois colegas mortos.

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Rio de Janeiro - O estoque clandestino e o uso ilegal de cilindros de gás foram as prováveis causas da explosão que matou três homens, feriu 17 pessoas, sendo que deixou três em estado grave, na manhã de hoje, no restaurante Filé Carioca, na Praça Tiradentes, no centro do Rio de Janeiro. O impacto quebrou janelas até o 9º andar do edifício Riqueza. O deslocamento de ar projetou um dos corpos por 35 metros.

A tragédia ocorreu às 7h21, depois que os funcionários tentaram sem sucesso controlar um vazamento de gás. O tremor foi sentido em outros prédios e levou pânico aos hóspedes de um hotel da cadeia Formula 1, vizinho ao restaurante.

De acordo com o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Sérgio Simões, o condomínio do edifício Riqueza foi notificado sobre a proibição do uso de gás em agosto de 2010. Ele mostrou um laudo com o parecer de que "a edificação não foi aprovada para a utilização de gás combustível seja sob a forma de cilindro de GLP ou canalizado, não sendo admitido abastecimento de qualquer tipo de gás combustível sem a prévia autorização da DGST (Diretoria Geral de Serviços Técnicos)". No entanto, o restaurante continuou funcionando da mesma forma.

O presidente da Sociedade Amigos da Rua da Carioca e Adjacências (Sarca), Roberto Cury, disse que há um mês compareceu a uma reunião no restaurante e viu botijões no local. A CEG, concessionária de fornecimento de gás do Rio, informou que desde 1961 não abastecia o prédio por falta de estrutura do local. Após a explosão, os bombeiros recolheram três botijões de gás de 13 litros. Funcionários revelaram que o fogão era abastecido por uma bateria de cilindros de gás interligados, que tinham apresentado vazamento na última terça-feira.


O atendente Renato Fiel afirmou que o equipamento de gás do restaurante era operado de forma precária. Segundo ele, os seis cilindros de grande porte ficavam no subsolo do estabelecimento, onde os funcionários trocavam de roupa antes e depois do expediente. "Quem ficava responsável por mexer nos cilindros de gás era o próprio cozinheiro. Por isso aconteceu o que aconteceu", disse.

O proprietário do Filé Carioca, Carlos Rogério do Amaral, de 47 anos, que pode ser indiciado por homicídio culposo, foi internado em estado de choque no Hospital Quinta D'Or e não comentou a tragédia. O advogado do restaurante, Bruno Castro, informou que a empresa vai prestar toda a assistência necessária às vítimas da explosão e que foram contratados peritos particulares para investigar as causas do acidente.

A funcionária do Filé Carioca, Michelle Medeiros Santos, de 29 anos, esteve no restaurante momentos antes da explosão. "Cheguei às 7 horas e o seu Antônio, o cozinheiro, pediu que eu saísse e não deixasse ninguém entrar, mas entrei com ele e senti um forte cheiro de gás. Havia dois outros rapazes lá dentro. Um era Egídio e tinha outro menino que não sei o nome. Saímos todos, mas eles ficaram na porta. Eu andei e pouco depois ouvi a explosão", contou. Ela ainda teve que identificar os dois colegas mortos.

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