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UnB começa testes da vacina chinesa contra a covid-19 em voluntários

A pesquisa, coordenada pelo Núcleo de Medicina Tropical da Universidade de Brasília, terá aplicação da imunização contra o coronavírus em duas doses

Coronavac: Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa (Getty Images/Getty Images)

Coronavac: Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa (Getty Images/Getty Images)

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Clara Cerioni

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 11h11.

A Universidade de Brasília (UnB) e o Hospital Universitário de Brasília (HUB) começam nesta quarta-feira, 5, os testes para a vacina contra a covid-19 desenvolvida pelo Instituto Butantan com a empresa chinesa Sinovac Biotech.

A pesquisa, coordenada pelo professor Gustavo Romero, pesquisador do Núcleo de Medicina Tropical da universidade, será aplicada em duas doses, com intervalo de 14 dias.

“Nossa perspectiva é bastante positiva com este projeto. No momento, estamos trabalhando para viabilizar questões técnicas e científicas. Não descansaremos até termos o primeiro paciente vacinado”, informa uma nota no site da UnB.

Até agora, os resultados apresentados na fase de desenvolvimento foram considerados promissores. Atualmente, ela está na chamada fase 3 em que um grande número de pessoas participa do estudo para validar se ela é eficaz.

Para isso, metade dos voluntários recebe a vacina e a outra um placebo. Após um mês, os cientistas analisam como cada grupo reagiu. Ao todo, nove mil voluntários, somente profissionais de saúde, vão receber a vacina em 11 centros de pesquisa.

Nas etapas anteriores, cerca de 1.000 voluntários na China receberam doses da vacina e os resultados mostraram que 90% das pessoas ficaram imunes ao SARS-CoV-2 em 14 dias. Além disso, não apresentaram efeitos colaterais significativos.

De acordo com informações do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), a produção da vacina pelo Instituto Butantan deve começar a partir de novembro e a aplicação em toda a população pode terminar já em fevereiro.

Além da coronavac, o Brasil também testa a vacina de Oxford, considerada pela Organização Mundial da Saúde como uma das mais avançadas do mundo.

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