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Uma semana após desastre, bombeiros buscam 19 vítimas

Uma semana após o rompimento de duas barragens da Samarco, os Bombeiros permanecem na difícil busca de 19 pessoas desaparecidas

Barragens que se romperam pertencem à mineradora Samarco: fala-se em oito mortes pelo desastre até o momento (Corpo de Bombeiros/MG - Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 15h54.

Mariana - Uma semana após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco em Mariana (MG), que despejou uma onda de lama que devastou comunidades causando mortes e inúmeras consequências ambientais, o Corpo de Bombeiros permanece na difícil busca de 19 pessoas desaparecidas, numa ação que já extrapola os limites da região para áreas do Rio Doce.

Fala-se em oito mortes pelo desastre até o momento, mas somente seis vítimas fatais foram reconhecidas por familiares ou amigos. A identificação das outras duas pessoas, que não foi possível visualmente, devido às condições em que se encontram os corpos, demandará exames complementares.

Os corpos sem identificação não são ainda considerados vítimas do acidente, segundo a prefeitura de Mariana.

Entre os desaparecidos, há funcionários que trabalhavam no local do acidente e nove moradores, segundo a prefeitura.

Trabalham nas buscas por desaparecidos, nesta quinta-feira, 110 bombeiros militares, com o auxílio de seis helicópteros e cães farejadores, afirmou à Reuters o major Cruz, responsável pela comunicação dos bombeiros sobre o desastre.

Os oficiais estão nesta quinta-feira percorrendo as margens do Rio Doce, por onde houve o escoamento da lama que escapou das barragens de Fundão e Santarém, já considerado um dos piores desastres da indústria brasileira de mineração.

Major Cruz explicou ainda que as primeiras áreas que foram atingidas pela enxurrada de rejeitos precisaram ser evacuadas na quarta, depois que a Samarco informou que precisaria realizar intervenções para aumentar a segurança de uma terceira barragem.

A barragem de Germano, onde estão sendo realizadas intervenções, fica acima das duas barragens que se romperam, segundo o major Cruz. Dessa forma, os bombeiros precisaram remanejar as buscas para outros locais.

No entanto, a empresa Samarco diz que Germano está estável, e que as obras são apenas para melhoria da segurança.

"Precisamos retirar os nossos bombeiros das áreas de maior risco e, para não pararmos as buscas, mudamos os locais onde vamos procurar desaparecidos", afirmou o major.

A Samarco é uma joint venture da brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, e da BHP Billiton, maior mineradora do mundo.

A presidente Dilma Rousseff sobrevoou as áreas atingidas pela lama de rejeitos nesta quinta-feira, que atingiu várias cidades mineiras e chegou agora ao Espírito Santo.

Dilma responsabilizou nesta quinta-feira a mineradora Samarco pelo desastre provocado com o rompimento de duas barragens operadas pela empresa em Mariana e anunciou uma multa "preliminar" de 250 milhões de reais à companhia.

Na cidade de Mariana, o epicentro da tragédia, a Secretaria de Obras e Planejamento Urbano realizou um levantamento preliminar e calculou em cerca de 100 milhões de reais os prejuízos materiais, como escolas, pontes e outras edificações públicas.

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Mariana - Uma semana após o rompimento de duas barragens da mineradora Samarco em Mariana (MG), que despejou uma onda de lama que devastou comunidades causando mortes e inúmeras consequências ambientais, o Corpo de Bombeiros permanece na difícil busca de 19 pessoas desaparecidas, numa ação que já extrapola os limites da região para áreas do Rio Doce.

Fala-se em oito mortes pelo desastre até o momento, mas somente seis vítimas fatais foram reconhecidas por familiares ou amigos. A identificação das outras duas pessoas, que não foi possível visualmente, devido às condições em que se encontram os corpos, demandará exames complementares.

Os corpos sem identificação não são ainda considerados vítimas do acidente, segundo a prefeitura de Mariana.

Entre os desaparecidos, há funcionários que trabalhavam no local do acidente e nove moradores, segundo a prefeitura.

Trabalham nas buscas por desaparecidos, nesta quinta-feira, 110 bombeiros militares, com o auxílio de seis helicópteros e cães farejadores, afirmou à Reuters o major Cruz, responsável pela comunicação dos bombeiros sobre o desastre.

Os oficiais estão nesta quinta-feira percorrendo as margens do Rio Doce, por onde houve o escoamento da lama que escapou das barragens de Fundão e Santarém, já considerado um dos piores desastres da indústria brasileira de mineração.

Major Cruz explicou ainda que as primeiras áreas que foram atingidas pela enxurrada de rejeitos precisaram ser evacuadas na quarta, depois que a Samarco informou que precisaria realizar intervenções para aumentar a segurança de uma terceira barragem.

A barragem de Germano, onde estão sendo realizadas intervenções, fica acima das duas barragens que se romperam, segundo o major Cruz. Dessa forma, os bombeiros precisaram remanejar as buscas para outros locais.

No entanto, a empresa Samarco diz que Germano está estável, e que as obras são apenas para melhoria da segurança.

"Precisamos retirar os nossos bombeiros das áreas de maior risco e, para não pararmos as buscas, mudamos os locais onde vamos procurar desaparecidos", afirmou o major.

A Samarco é uma joint venture da brasileira Vale, maior produtora de minério de ferro do mundo, e da BHP Billiton, maior mineradora do mundo.

A presidente Dilma Rousseff sobrevoou as áreas atingidas pela lama de rejeitos nesta quinta-feira, que atingiu várias cidades mineiras e chegou agora ao Espírito Santo.

Dilma responsabilizou nesta quinta-feira a mineradora Samarco pelo desastre provocado com o rompimento de duas barragens operadas pela empresa em Mariana e anunciou uma multa "preliminar" de 250 milhões de reais à companhia.

Na cidade de Mariana, o epicentro da tragédia, a Secretaria de Obras e Planejamento Urbano realizou um levantamento preliminar e calculou em cerca de 100 milhões de reais os prejuízos materiais, como escolas, pontes e outras edificações públicas.

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