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Tucanos fazem passeata tensa em favelas de BH

Aécio Neves (PSDB-MG) dedicou o penúltimo dia de sua campanha para visitar quatro das maiores favelas da capital mineira

Aécio Neves e Pimenta da Veiga participam de caminhada em Belo Horizonte, Minas Gerais (Igo Estrela/Coligação Muda Brasil/Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 20h51.

Belo Horizonte - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) dedicou nesta sexta-feira o penúltimo dia de sua campanha à Presidência para visitar quatro das maiores favelas de Belo Horizonte .

Os locais - Pedreira Prado Lopes, Aglomerado do Cafezal, Morro do Papagaio e Cabana do Pai Tomaz - foram tomados pela claque uniformizada e com bandeiras do PSDB, que se revezou nos pontos visitados pelo candidato e corria para outra comunidade após a passagem da comitiva.

As quatro favelas são tradicionais pontos de tráfico de drogas da capital. A Pedreira, primeira a ser visitada, tem, inclusive, a mais conhecida cracolândia da cidade, mas hoje os usuários que diariamente ocupam o local haviam desaparecido.

Para a visita, a segurança nos locais foi reforçada por policiais militares posicionados em pontos estratégicos, como entradas de alguns becos, todos de prontidão com as mãos nas armas enquanto observavam o movimento no entorno.

Durante a passeata, vários moradores fumavam maconha.

Seguranças da própria campanha também reforçaram o esquema para a visita do senador, que percorreu algumas ruas de cada uma delas acompanhado dos candidatos do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e ao Senado, o ex-governador Antonio Anastasia.

Em pelo menos duas delas - Pedreira e Cabana -, as visitas foram organizadas por aliados do vereador Wellington Magalhães (PTN).

Ele teve o mandato cassado por abuso de poder econômico em 2010, mas conseguiu derrubar na Justiça a impugnação de sua candidatura em 2012 e conseguiu novo mandato no Legislativo municipal.

Hoje, a Pedreira estava tomada por cartazes do vereador ao lado da irmã, Arlete Magalhães, que disputa uma vaga na Assembleia Legislativa pelo mesmo PTN do vereador, e dos candidatos do PSDB.

Apesar de todo o esquema de segurança montado nos locais, o clima de violência não foi afastado.

Na Pedreira, um homem que não quis se identificar - ele não estava com o uniforme usado pela claque que acompanhava os candidatos - exibia uma pistola semiautomática na cintura.

No Morro do Papagaio, a reportagem foi ameaçada por moradores ao fazer fotos do local e tentar entrevistar o ex-governador Antonio Anastasia, que concorre ao Senado pelo PSDB.

Ele havia se perdido da comitiva. Um dos homens levava uma arma na cintura. Diante da confusão, o tucano e assessores tiveram que sair às pressas do local levando o repórter.

Já na Cabana do Pai Tomaz, três bombas estouraram enquanto os candidatos faziam a caminhada. Uma delas explodiu próxima à comitiva onde estava Aécio, que, assustado, se abaixou.

Mas, segundo a Polícia Militar, nenhuma ocorrência foi registrada nos locais. "Nós queremos trazer para cá a melhor qualidade de vida", disse Aécio.

A assessoria dos tucanos disse que não houve nenhum tipo de acordo com traficantes para que ocorresse a atividade dos tucanos.

"O crime aqui não é organizado. Nós temos projetos sociais nessas favelas e uma boa relação com os líderes comunitários", disse Anastasia.

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Belo Horizonte - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) dedicou nesta sexta-feira o penúltimo dia de sua campanha à Presidência para visitar quatro das maiores favelas de Belo Horizonte .

Os locais - Pedreira Prado Lopes, Aglomerado do Cafezal, Morro do Papagaio e Cabana do Pai Tomaz - foram tomados pela claque uniformizada e com bandeiras do PSDB, que se revezou nos pontos visitados pelo candidato e corria para outra comunidade após a passagem da comitiva.

As quatro favelas são tradicionais pontos de tráfico de drogas da capital. A Pedreira, primeira a ser visitada, tem, inclusive, a mais conhecida cracolândia da cidade, mas hoje os usuários que diariamente ocupam o local haviam desaparecido.

Para a visita, a segurança nos locais foi reforçada por policiais militares posicionados em pontos estratégicos, como entradas de alguns becos, todos de prontidão com as mãos nas armas enquanto observavam o movimento no entorno.

Durante a passeata, vários moradores fumavam maconha.

Seguranças da própria campanha também reforçaram o esquema para a visita do senador, que percorreu algumas ruas de cada uma delas acompanhado dos candidatos do PSDB ao governo de Minas, Pimenta da Veiga, e ao Senado, o ex-governador Antonio Anastasia.

Em pelo menos duas delas - Pedreira e Cabana -, as visitas foram organizadas por aliados do vereador Wellington Magalhães (PTN).

Ele teve o mandato cassado por abuso de poder econômico em 2010, mas conseguiu derrubar na Justiça a impugnação de sua candidatura em 2012 e conseguiu novo mandato no Legislativo municipal.

Hoje, a Pedreira estava tomada por cartazes do vereador ao lado da irmã, Arlete Magalhães, que disputa uma vaga na Assembleia Legislativa pelo mesmo PTN do vereador, e dos candidatos do PSDB.

Apesar de todo o esquema de segurança montado nos locais, o clima de violência não foi afastado.

Na Pedreira, um homem que não quis se identificar - ele não estava com o uniforme usado pela claque que acompanhava os candidatos - exibia uma pistola semiautomática na cintura.

No Morro do Papagaio, a reportagem foi ameaçada por moradores ao fazer fotos do local e tentar entrevistar o ex-governador Antonio Anastasia, que concorre ao Senado pelo PSDB.

Ele havia se perdido da comitiva. Um dos homens levava uma arma na cintura. Diante da confusão, o tucano e assessores tiveram que sair às pressas do local levando o repórter.

Já na Cabana do Pai Tomaz, três bombas estouraram enquanto os candidatos faziam a caminhada. Uma delas explodiu próxima à comitiva onde estava Aécio, que, assustado, se abaixou.

Mas, segundo a Polícia Militar, nenhuma ocorrência foi registrada nos locais. "Nós queremos trazer para cá a melhor qualidade de vida", disse Aécio.

A assessoria dos tucanos disse que não houve nenhum tipo de acordo com traficantes para que ocorresse a atividade dos tucanos.

"O crime aqui não é organizado. Nós temos projetos sociais nessas favelas e uma boa relação com os líderes comunitários", disse Anastasia.

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