TRF4 mantém condenação de Bumlai, Vaccari e Cerveró na Lava Jato
Empresários Salim Taufic Schahin e Milton Taufic Schahin, sócios do Grupo Schahin, também tiveram suas condenações mantidas
Agência Brasil
Publicado em 30 de maio de 2018 às 17h24.
Última atualização em 30 de maio de 2018 às 17h24.
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região ( TRF4 ) decidiu hoje (30) manter a condenação do pecuarista José Carlos Bumlai, do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró em um dos processos a que respondem na Lava Jato.
Os empresários Salim Taufic Schahin e Milton Taufic Schahin, sócios do Grupo Schahin, também tiveram suas condenações a nove anos e dez meses de prisão mantidas.
Já o operador Fernando Falcão Soares, conhecido como Baiano, teve sua pena reduzida de seis anos para cinco anos e seis meses em regime semiaberto.
Entre os crimes imputados aos reús estão lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e corrupção passiva e ativa. Apenas Fernando Schahin teve sua condenação revertida, sendo absolvido pelo TRF4.
Bumlai foi condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo juiz Sergio Moro, responsável pela Lava Jato na primeira instância, enquanto Vaccari foi sentenciado a seis anos e oito meses em regime semiaberto. Cerveró foi condenado, também por Moro, a seis anos e oito meses.
Denúncia
De acordo com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), o Banco Schahin concedeu, em outubro de 2004, um empréstimo de R$12,1 milhões a Bumlai.
O dinheiro, no entanto, teria como beneficiário real o PT, tendo o pecuarista sido utilizado somente como pessoa interposta. O empréstimo, com vencimento previsto para novembro de 2005, não foi pago e nem tinha garantia.
Segundo o MPF, em troca pela operação o grupo Schahin teria sido beneficiado na contratação do Navio-Sonda Vitoria 10.000 pela Petrobras, o que ocorreu em 28 de janeiro de 2009 pelo valor de US$ 1,5 bilhão.