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Trânsito mata mais de 5 por hora

Segundo dados atualizados do Ministério da Saúde, foram 46 mil mortos só em 2012


	Acidente de trânsito: o número revela aumento de 3,4% no total de óbitos nas ruas e estradas do país
 (Renato Araújo/Agência Brasil)

Acidente de trânsito: o número revela aumento de 3,4% no total de óbitos nas ruas e estradas do país (Renato Araújo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 19 de julho de 2014 às 12h01.

São Paulo - Dados atualizados do Ministério da Saúde mostram que a cada hora o trânsito mata mais de cinco pessoas no país: 46 mil só em 2012. O número revela aumento de 3,4% no total de óbitos nas ruas e estradas do País em relação ao ano anterior. Mais: revela que em dez anos o número de mortes no trânsito brasileiro avançou 38%: em 2002, ele havia matado 33 mil pessoas.

As estatísticas são as mais recentes do Datasus, sistema que contabiliza os atendimentos médicos feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o País. Os números mostram aceleração no crescimento do número de mortes no trânsito. Entre 2010 e 2011, o total de mortes havia crescido 1,47%.

Entretanto, o levantamento revela que o problema não é uma epidemia nacional, mas sim fruto de um crescimento acelerado do número de mortes na Região Nordeste do País.

Das 1.498 mortes registradas a mais em 2012 do que em 2011, 1.105 foram nos nove Estados do Nordeste. Essa região concentra apenas 15% dos 76 milhões de veículos existentes no País, conforme os dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), mas responde atualmente por 28% das mortes registradas em acidentes de transporte.

A Região Norte enfrenta situação semelhante. Lá, o crescimento do número de vítimas em acidentes fatais foi de 7,2% de um ano para outro. O grande vilão do quadro são as motocicletas.

Embora concentre a maior parte dos acidentes - naturalmente porque abriga a maior parte da população e da frota de veículos do Brasil - a Região Sudeste obteve uma redução do número de mortes: de 16.466 casos em 2011 para 16.253 em 2012 (1,20%). É a retomada de uma tendência de queda de mortes observada entre os anos de 2005 e 2007, segundo as estatísticas do SUS.

Em novembro de 2011, uma reportagem do Estado mostrou que, no Norte e Nordeste, regiões que se destacavam como líderes nas mortes do trânsito, as motos já eram usadas até para tocar a boiada em fazendas de áreas rurais. A falta de fiscalização e de formação eram apontadas como os principais problemas.

Reações.

O governo federal não tem nenhum programa em andamento voltado exclusivamente para motociclistas. A principal ação do governo federal no que se refere a motos foi a aprovação de uma lei que garante adicional de periculosidade a motoboys, há um mês. A sanção da lei ocorreu com representantes sindicais de motoboys de São Paulo.

A Semana Nacional de Trânsito deste ano também não abordará a questão dos motociclistas. Essa iniciativa focará a segurança do pedestre.

Atropelamentos. Os dados do Datasus mostram que o número de pessoas atropeladas por carros, motos, ônibus e caminhões no País está em queda.

Nos dados fechados de 2012, 8,8 mil pessoas morreram atropeladas no País. Em 2011, haviam sido 9,4 mil mortes. Nos últimos dez anos, a redução foi de mais de mil mortes.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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