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Tragédia em morro do RJ faz manifestantes incendiarem ônibus

Quatro moradores do Morro de São Carlos foram mortos em tiroteios, causando revolta da comunidade


	Morro de São Carlos, no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro
 (Domínio Público/Wikimedia)

Morro de São Carlos, no Estácio, zona norte do Rio de Janeiro (Domínio Público/Wikimedia)

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Da Redação

Publicado em 15 de maio de 2015 às 16h03.

Rio de Janeiro - A morte de quatro moradores no Morro de São Carlos, no Estácio, zona norte da cidade, levou um grupo de manifestantes da comunidade a protestar, ateando fogo em dois ônibus na Avenida Salvador de Sá e incendiando pneus nas imediações do Largo do Estácio, próximo a um dos acessos ao morro.

Segundo informações dos moradores, dois dos quatro mortos – Rodrigo Marques Lourenço, de 27 anos, e Ramon Moura, de 22 – não tinham ligação com o tráfico de drogas e não estavam envolvidos em nenhum dos tiroteios que ocorreram na região central do Rio de Janeiro, desde a última sexta-feira (8).

Moradores da comunidade desceram o morro munidos de paus e pedras, interditaram parcialmente a avenida e policiais do 4º Batalhão da Polícia Militar de São Cristóvão foram deslocados para a região.

A confusão ocorreu por volta das 9h30 e a polícia na tentativa de conter os manifestantes atiraram bombas de efeito moral.

A via chegou a ser interditada nos dois sentidos e o trânsito ficou parado na região. A confusão envolvendo os morros da região central do Rio teve início na semana passada, quando traficantes do Morro da Fallet tentaram tomar os pontos de droga do Morro da Coroa, resultando na morte de quatro pessoas.

No sábado (9) a polícia ocupou o acesso aos morros que ficam no entorno dos bairros de Santa Tereza, Catumbi e Estácio, reforçando o policiamento da região, que conta com três unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), o que não impediu novas trocas de tiros com mais dois mortos.

Na segunda-feira (11), outras duas pessoas foram mortas na região.

Segundo a polícia, desde a última sexta-feira chega a dez o número de pessoas mortas em meio a tiroteios.

O clima continua tenso na região e o reforço no policiamento está sendo mantido.

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