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Total de mulheres responsáveis por domicílios cresce, revela Censo 2022

Pela primeira vez, há mais mulheres no comando das casas brasileiras do que como cônjuges, segundo o Censo 2022 do IBGE

Pela primeira vez, há mais mulheres na posição de comando das casas brasileiras (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Pela primeira vez, há mais mulheres na posição de comando das casas brasileiras (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Publicado em 25 de outubro de 2024 às 21h22.

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O Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou uma mudança significativa na composição familiar do Brasil: pela primeira vez, 34,1% das mulheres aparecem como responsáveis pelos domicílios , superando o percentual de 25% que ocupa a posição de cônjuge ou companheira. Em 2010, o cenário era inverso, com 29,7% das mulheres como cônjuges e apenas 22,9% como responsáveis pelos lares.

Em termos gerais, os homens ainda são a maioria (50,9%) no comando das residências, somando 37 milhões. Entretanto, as mulheres já representam 49,1% das chefes de domicílios, que correspondem a cerca de 36 milhões de lares . De 2010 para cá, houve uma redução na diferença: naquele ano, 61,3% dos domicílios eram liderados por homens, contra 38,7% por mulheres.

Outro dado relevante é a região onde elas são maioria no comando das casas: em 10 estados, sendo oito deles no Nordeste, mais de 50% dos lares têm uma mulher como responsável pela família. Em Pernambuco, o percentual chega a 53,9%, seguido por Sergipe (53,1%) e Maranhão (53%).

Mudanças na estrutura familiar

O Censo também destacou que 29% das mulheres responsáveis pelas casas são mães solo. Essa proporção para os homens é de apenas 4,4% nos lares. Em relação ao tamanho médio das famílias, houve queda, passando de 3,3 pessoas em 2010 para 2,8 em 2022. 72,3% das unidades domésticas contam com até três moradores , enquanto 28,7% têm apenas dois residentes.

Na questão racial, o levantamento apontou que, pela primeira vez, a proporção de pardos responsáveis pelos lares (43,8%) superou a de brancos (43,5%). Em 2010, 49,4% dos chefes de domicílios eram brancos e 40% eram pardos.

Em termos de idade, a maioria dos responsáveis pelos lares é mais velha do que em 2010, o que reflete um envelhecimento geral da população. Os estados do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul apresentaram as maiores proporções de domicílios unipessoais, com 23,4% e 22,3%, respectivamente, indicando uma população envelhecida.

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