Brasil

Toffoli nega recurso de Dallagnol para reverter a cassação do mandato

Deputado acionou o STF contra decisão do TSE, pautada na Lei da Ficha Limpa; ministro recusou pedido por não ver irregularidades

Deltan Dallagnol: defesa alegou que o TSE havia interpretado de forma "extensiva" o pedido de exoneração (ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA//Estadão Conteúdo)

Deltan Dallagnol: defesa alegou que o TSE havia interpretado de forma "extensiva" o pedido de exoneração (ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA//Estadão Conteúdo)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 28 de junho de 2023 às 15h45.

Última atualização em 28 de junho de 2023 às 15h58.

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quarta-feira um recurso interpelado pelo ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR). O ex-parlamentar havia acionado a Corte no intuito de reverter a cassação de seu mandato. O magistrado, no entanto, negou o pedido por não ver irregularidades na decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), feita com base na Lei da Ficha Limpa.

A defesa de Dallagnol alegou, em petição inicial, que o TSE havia interpretado de forma "extensiva" o pedido de exoneração do ex-procurador do Ministério Público Federal. Os magistrados alegaram que a saída se deu para escapar de possíveis punições em processos administrativos.

Entenda o caso

O ex-parlamentar alega que não havia punições em seu nome. A decisão, no entanto, revela que haviam dois processos administrativos em trânsito julgado e 15 procedimentos de natureza diversa contra Dallagnol que poderiam se converter em medidas administrativas.

Neste contexto, os advogados pediram a suspensão imediata dos efeitos da decisão, junto à retomada do cargo de deputado federal. Dias Toffoli, no entanto, indeferiu a liminar e alegou que o STF sequer tem competência legal para tomar tal atitude e que não observa ilegalidade, abuso de poder ou teratologia.

"Pelo contrário, o julgado em questão mostra-se devidamente fundamentado, estando justificado o convencimento formado, em especial, em precedente do próprio Supremo Tribunal Federal (...) Mas, ainda que superado o óbice sumular, de ordem processual, não se constata, na espécie, fato ou tese de natureza excepcional que justifique a suspensão dos efeitos", diz trecho do documento.

Deltan Dallagnol perdeu o mandato em 16 de maio. Por decisão do STF, Luiz Carlos Hauly (Podemos-PR) assumiu a cadeira na última terça-feira. Ao tomar posse, o suplente afirmou na tribuna que sua presença em plenário foi uma intervenção divina.

Acompanhe tudo sobre:Deltan DallagnolSupremo Tribunal Federal (STF)Operação Lava Jato

Mais de Brasil

Mais da metade da população indígena no Brasil vive em áreas urbanas, aponta Censo 2022

Após exames, médicos liberam Lula para voltar a Brasília

Câmara retoma votação do pacote fiscal desidratado nesta quinta; veja o que está em jogo

Senado aprova obrigatoriedade de exame toxicológico para 1ª carteira de motorista