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Dados de testemunhas de chacina em SP são expostos pela PM

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, uma testemunha já teria recebido ameaças de morte por meio de ligações anônimas


	Manifestantes lembram de vítimas da chacina de Osasco e Barueri
 (Raphael Martins/EXAME.com)

Manifestantes lembram de vítimas da chacina de Osasco e Barueri (Raphael Martins/EXAME.com)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 2 de setembro de 2015 às 10h27.

São Paulo – A investigação da Corregedoria da Polícia Militar (PM), que apura a chacina que matou 19 vítimas no dia 13 de agosto nas cidades de Barueri e o Osasco, na Grande São Paulo, expôs todos os dados pessoais das testemunhas que prestaram depoimento contra os PMs suspeitos no caso. 

Segundo a Folha de S. Paulo, ao menos quatro pessoas teriam tido seus nomes completos, endereços e telefones publicados no processo que segue na Justiça Militar - sem sigilo. 

Um tenente de reserva, e uma das testemunhas do crime, contou ao jornal que já recebeu ameaças de morte pelas redes sociais e em ligações anônimas – ele diz que processará o Estado pela revelação de seus dados e por danos morais. 

Até então, somente um soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) foi detido pela suspeita de envolvimento na chacina. Contudo, a Justiça já emitiu mandados de busca e apreensão a outros 17 PMs e um civil.

A Secretaria de Segurança Pública (SSP) segue com a recompensa de 50 mil reais por informações que ajudem a esclarecer e identificar os assassinos – essa é a maior oferta já feita na tentativa de solução de um crime no Estado. 

Procurada por EXAME.com, a SSP ainda não se pronunciou sobre o assunto. 

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