Presidente da Odebrecht é autorizado a depor na Lava Jato
Ministro do STF autorizou o pedido de Janot para que o presidente da Odebrecht e outros executivos sejam ouvidos para as investigações na Lava Jato
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2015 às 20h07.
Brasília - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal ( STF ) autorizou pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros executivos de empreiteiras sejam ouvidos como parte das investigações da Operação Lava Jato .
O pedido de Janot foi solicitado no inquérito do qual a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é alvo. A intenção é esclarecer se doações recebidas pela campanha da petista ao Senado, em 2010, foram feitas com recursos desviados da Petrobras.
A senadora e o seu marido, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo foram ouvidos pela Polícia Federal e por Procuradores em meados de abril. Com base nos depoimentos de ambos, a PF recomendou a oitiva de novas testemunhas.
Gleisi disse à PF que contactou diretamente alguns dos empreiteiros para pedir doações para sua campanha. Procuradores investigam se a senadora recebeu recursos desviados da Petrobrás em forma de doação legal para sua campanha ao Senado em 2010.
Em depoimento prestado à PF em 14 de abril, Gleisi afirmou ter entrado em contato diretamente com Marcelo Odebrecht, que teria autorizado a doação da construtora à campanha da petista.
A senadora disse ainda que fez pedido de doações à UTC, por meio de Ricardo Pessoa, quando ele ainda ocupava o cargo de diretor-presidente da empresa. Pessoa, que é dono da UTC, deixou o comando da empresa depois de ter sido preso preventivamente na Operação Lava Jato.
Ele e outros oito empreiteiros foram beneficiados na semana passada por uma decisão de Teori Zavascki, que relaxou a prisão preventiva e a transformou em medidas cautelares, como uso de tornozeleira e reclusão domiciliar.
A senadora disse ainda que recebeu recursos da Camargo Corrêa, por meio de solicitação a João Auler, diretor da empresa. Outro empreiteiro citado é Léo Pinheiro, diretor-presidente da OAS.
A petista explicou que depois de ter feito contato direto com os doadores, o tesoureiro da campanha, Ronaldo Baltazar "entrava em cena". Segundo ela, Baltazar era responsável por operacionalizar e enviar o dinheiro.
Além do presidente da Odebrecht, o STF autorizou o pedido para que sejam ouvidos também Ronaldo Balthazar, tesoureiro da Campanha de Gleisi; José Agusto Zaniratti (coordenador da campanha); Ricardo Pessoa (dono da UTC); João Auler (presidente do Conselho da Camargo Corrêa); e José Aldemário Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro, da OAS.
O "mensageiro" do doleiro Alberto Youssef, Rafael Ângulo, também será ouvido. Como revelou o Estado, a delação premiada de Angulo está no gabinete do ministro Teori Zavascki, aguardando homologação.
"Esses dados serão úteis em diligência futura visando buscar os extratos de comunicações telefônicas do período de julho a setembro de 2010", escreveu Janot, pedindo ainda que sejam identificados todos os telefones utilizados por Alberto Youssef. Junto das diligências, o ministro aceitou também o pedido da Procuradoria para prorrogar as investigações por mais 60 dias.
Brasília - O ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal ( STF ) autorizou pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para que o presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht, e outros executivos de empreiteiras sejam ouvidos como parte das investigações da Operação Lava Jato .
O pedido de Janot foi solicitado no inquérito do qual a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) é alvo. A intenção é esclarecer se doações recebidas pela campanha da petista ao Senado, em 2010, foram feitas com recursos desviados da Petrobras.
A senadora e o seu marido, o ex-ministro das Comunicações Paulo Bernardo foram ouvidos pela Polícia Federal e por Procuradores em meados de abril. Com base nos depoimentos de ambos, a PF recomendou a oitiva de novas testemunhas.
Gleisi disse à PF que contactou diretamente alguns dos empreiteiros para pedir doações para sua campanha. Procuradores investigam se a senadora recebeu recursos desviados da Petrobrás em forma de doação legal para sua campanha ao Senado em 2010.
Em depoimento prestado à PF em 14 de abril, Gleisi afirmou ter entrado em contato diretamente com Marcelo Odebrecht, que teria autorizado a doação da construtora à campanha da petista.
A senadora disse ainda que fez pedido de doações à UTC, por meio de Ricardo Pessoa, quando ele ainda ocupava o cargo de diretor-presidente da empresa. Pessoa, que é dono da UTC, deixou o comando da empresa depois de ter sido preso preventivamente na Operação Lava Jato.
Ele e outros oito empreiteiros foram beneficiados na semana passada por uma decisão de Teori Zavascki, que relaxou a prisão preventiva e a transformou em medidas cautelares, como uso de tornozeleira e reclusão domiciliar.
A senadora disse ainda que recebeu recursos da Camargo Corrêa, por meio de solicitação a João Auler, diretor da empresa. Outro empreiteiro citado é Léo Pinheiro, diretor-presidente da OAS.
A petista explicou que depois de ter feito contato direto com os doadores, o tesoureiro da campanha, Ronaldo Baltazar "entrava em cena". Segundo ela, Baltazar era responsável por operacionalizar e enviar o dinheiro.
Além do presidente da Odebrecht, o STF autorizou o pedido para que sejam ouvidos também Ronaldo Balthazar, tesoureiro da Campanha de Gleisi; José Agusto Zaniratti (coordenador da campanha); Ricardo Pessoa (dono da UTC); João Auler (presidente do Conselho da Camargo Corrêa); e José Aldemário Pinheiro, conhecido como Leo Pinheiro, da OAS.
O "mensageiro" do doleiro Alberto Youssef, Rafael Ângulo, também será ouvido. Como revelou o Estado, a delação premiada de Angulo está no gabinete do ministro Teori Zavascki, aguardando homologação.
"Esses dados serão úteis em diligência futura visando buscar os extratos de comunicações telefônicas do período de julho a setembro de 2010", escreveu Janot, pedindo ainda que sejam identificados todos os telefones utilizados por Alberto Youssef. Junto das diligências, o ministro aceitou também o pedido da Procuradoria para prorrogar as investigações por mais 60 dias.