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Tentando falar de Ernesto Araújo, porta-voz erra e diz "ministro Eduardo"

Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, é tido como uma espécie de "chanceler paralelo" do governo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro: porta-voz do governo confundiu "Ernesto" com o nome do filho do presidente (Alan Santos/PR/Flickr)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de junho de 2019 às 10h36.

Osaka — Circulam dentro e fora do governo avaliações de que, apesar de o ministro das Relações Exteriores ser Ernesto Araújo , o cargo muitas vezes tem sido desempenhado por Eduardo Bolsonaro — deputado federal filho do presidente Jair Bolsonaro , que acompanha o pai em viagens internacionais. Nesta sexta-feira (28), o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, deixou escapar uma troca de nomes que reforça esse tipo de análise.

Durante uma atualização sobre as negociações de um acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia , em entrevista coletiva à imprensa no primeiro dia da reunião das 20 maiores economias do mundo (G-20), Rêgo Barros disse em Osaka (Japão) que havia sido informado por autoridades brasileiras em Bruxelas de que as tratativas estavam avançadas. "Eu conversei com Otávio Brandelli (secretário-geral), que está em contato com o ministro Eduardo... com o ministro Araújo, lá em Bruxelas", disse.

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Um dos episódios envolvendo Eduardo Bolsonaro, que é presidente da Comissão das Relações Exteriores da Câmara, e Ernesto Araújo foi nos Estados Unidos, durante o primeiro encontro entre Bolsonaro e o presidente americano, Donald Trump. Na ocasião, o chanceler teria se exaltado por causa da participação de Eduardo no encontro privado entre os dois líderes.

Outro envolve a mesma visita aos EUA, mas se deu no Congresso, conforme relatos da imprensa. O deputado Glauber Braga, do PSOL do Rio de Janeiro, indagou sobre a visita do presidente à Central de Inteligência Americana (CIA) e antes que Araújo respondesse, Eduardo começou a responder e depois disse que o ministro continuaria respondendo. Braga então disse que era melhor que o ministro nomeado respondesse, e não o de fato.

Em abril, o jornal O Estadão de S. Paulo também fez uma reportagem sobre o tema, dizendo que, articulador de viagens presidenciais, Eduardo Bolsonaro virou uma espécie de chanceler paralelo.

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