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Temer diz que parte da base causou embaraço em 2ª votação

“Hoje tivemos um pequeno embaraço até na base governamental, em face de uma divisão que lá se deu. É outra divisão também inadmissível"


	Temer: o episódio causou desconforto em senadores do DEM e do PSDB
 (Adriano Machado)

Temer: o episódio causou desconforto em senadores do DEM e do PSDB (Adriano Machado)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2016 às 19h53.

Brasília - O presidente Michel Temer disse nesta quarta-feira, ao abrir reunião com ministros, que parte de sua base de sustentação no Senado causou embaraço ao governo ao votar pela manutenção dos direitos políticos da presidente cassada Dilma Rousseff sem consultar o governo previamente e disse que não tolerará este tipo de conduta.

“Hoje tivemos um pequeno embaraço até na base governamental, em face de uma divisão que lá se deu. É outra divisão também inadmissível. Se é governo, tem que ser governo”, disse.

O episódio causou desconforto em senadores do DEM e do PSDB e os presidentes dos dois partidos chegaram a cobrar do PMDB, partido de Temer e que teve parlamentares votando contra a inabilitação de Dilma para exercer cargos públicos, compromisso com o governo.

Em seu primeiro pronunciamento público após o impeachment de Dilma, Temer pediu a seus ministros que não deixem sem resposta aqueles que afirmam que houve um golpe no país e pediu que eles divulguem que a viagem que fará à China servirá para mostrar ao mundo que há estabilidade política no Brasil.

Temer defendeu que seus ministros rebatam o discurso petista de que o processo de impeachment teria sido um golpe.

“Contestar a partir de agora essa coisa de golpista. Golpista é você, que está contra a Constituição”, disse, afirmando que até agora seu governo estava agindo com “discrição absoluta”, sem responder essas críticas. “Mas agora, nós não vamos levar ofensa para casa”, prometeu.

Temer enfatizou em seu discurso que, no horizonte de dois anos e quatro meses de seu governo, é preciso “colocar o Brasil nos trilhos, em todas as áreas” e citou a geração de empregos como uma das prioridades mais urgentes, além de reformas como a da Previdência e da legislação trabalhista.

Fazendo um contraponto ao governo Dilma, que teve uma sucessão de problemas com sua base no Congresso, Temer disse que seu governo é uma “coletividade partidária” e disse que quer manter uma conexão constante com o Legislativo.

“Não é um partido único no poder ou um que despreza os demais. É um partido que está no poder e que preza os demais partidos”, disse o presidente, que também pediu que seus ministros mantenham contato com as bancadas de seus partidos.

Temer prometeu ainda participar pessoalmente de reuniões com as bancadas da base aliada para sensibilizar os parlamentares sobre as reformas a serem feitas e para tirar dúvidas sobre essas propostas.

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