Brasil

Temer aciona forças federais de segurança para desbloquear estradas

Bloqueios em estradas pelo país chega ao quinto dia mesmo com acordo entre governo federal e lideranças da categoria

Feirantes em protesto de apoio à greve dos caminhoneiros.  (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Feirantes em protesto de apoio à greve dos caminhoneiros. (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil) (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Talita Abrantes

Talita Abrantes

Publicado em 25 de maio de 2018 às 13h26.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 13h53.

São Paulo - O presidente da República, Michel Temer, afirmou há pouco que acionou as "forças federais de segurança" para desbloquear as estradas durante a greve dos caminhoneiros, que chega ao seu quinto dia nesta sexta-feira (25). EXAME entrou em contato com o Palácio do Planalto pedindo esclarecimento sobre quais forças seriam usadas, mas até agora não obteve resposta.

Ontem, o governo fechou um acordo com representantes da categoria, mas os bloqueios de estradas continuam pelo país bem como o consequente desabastecimento de combustível e alimentos em algumas cidades.

"Vamos implantar o plano de segurança para superar os graves efeitos do desabastecimento causado por essa paralisação, comunico que acionei as forças federais de segurança para desbloquear as estradas e estou solicitando ao governadores que façam o mesmo", afirmou o presidente. Assista:

Ele ainda afirmou que 12 reinvindicações dos caminhoneiros foram atendidas e que a categoria se comprometeu a encerrar as paralisações, mas que uma "minoria radical tem bloqueado estradas e impedido que muitos caminhoneiros levem seu desejo de atender a população e fazer seu trabalho".

"Quem bloqueia estradas e age de maneira radical está prejudicando a população e será responsabilizado. Vamos garantir o abastecimento, o acordo está assinado e cumpri-lo é a melhor alternativa. O governo teve a coragem de dialogar, o governo agora terá a coragem de exercer sua autoridade em defesa do povo brasileiro", disse.

A tática do governo é retomar as negociações com os caminhoneiros, depois de a normalidade ser restabelecida no país. Temer pediu apoio dos governadores para que busquem reduzir o valor do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) que incide sobre os combustíveis.

De manhã, Temer participou da reunião do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), ao lado dos ministros da Casa Civil, Secretaria de Governo, Defesa, Segurança Nacional, Transportes, Agricultura, Fazenda, Advocacia-Geral da União e o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia.

Locaute

A Polícia Federal vai investigar a possibilidade de locaute na paralisação dos caminhoneiros. Locaute é caracterizado quando empresários de um setor contribuem, incentivam ou orientam a paralisação de seus empregados. Ou seja, é uma greve liderada pelos patrões, com o intento de obtenção de benefícios para o setor, o que é proibido por lei.

* com agências de notícias

Acompanhe tudo sobre:CaminhoneirosGrevesMichel Temer

Mais de Brasil

STF nega liberdade condicional a ex-deputado Daniel Silveira

Três pessoas morrem soterradas em Taubaté, no interior de São Paulo

Governadores do Sudeste e Sul pedem revogação de decreto de Lula que regula uso de força policial

Pacote fiscal: Lula sanciona mudanças no BPC com dois vetos