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Telegram: bloqueio atinge Bolsonaro e seus mais de 1 milhão de seguidores

Candidato à reeleição, Bolsonaro tem um canal com 1.086 milhão de seguidores no aplicativo

Bolsonaro: presidente sempre apostou no Telegram para a divulgação de seus atos e avalia que o Supremo e o TSE fazem um cerco ao aplicativo, que tem origem russa. (Adriano Machado/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de março de 2022 às 20h22.

A decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, que determinou o bloqueio do Telegram em todo o País, atinge diretamente o presidente Jair Bolsonaro e seus apoiadores. Candidato à reeleição, Bolsonaro tem um canal com 1.086 milhão de seguidores no aplicativo, que é visto como a boia de salvação dos militantes bolsonaristas, enquadrados por Twitter, Facebook e Instagram.

O Telegram está presente em 53% dos smartphones no Brasil, mas até hoje o Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ) não conseguiu notificar a plataforma, que não tem sede nem representação no País. Nos últimos tempos, vídeos e postagens de aliados de Bolsonaro foram removidos de outros redes sociais por contarem informações consideradas falsas.

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Bolsonaro, no entanto, sempre apostou no Telegram para a divulgação de seus atos e avalia que o Supremo e o TSE fazem um cerco ao aplicativo, que tem origem russa. Os filhos do presidente também são usuários do Telegram. O senador Flávio (PL-RJ) tem 94 mil inscritos no aplicativo; o vereador Carlos (Republicanos-RJ), que cuida das redes sociais de Bolsonaro, possui 78 mil e o deputado Eduardo (União Brasil-SP), 53 mil.

Favorito nas pesquisas de intenção de voto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com 48.566 seguidores no Telegram. Na lista dos presidenciáveis, Ciro Gomes (PDT) vem em seguida: o canal do ex-ministro tem 19.279 inscritos. Já o do ex-juiz da Lava Jato Sérgio Moro (Podemos) conta com 5.339.

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