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TCU vê risco de sobrepreço e gastos adicionais em projetos da Copa

Só no caso do novo Estádio da Fonte Nova, em Salvador, a diferença entre o valor previsto e o orçamento atual é de mais de 100%

Orlando Silva, ministro dos Esportes: TCU teme acompanhamento frágil da pasta (Agência Brasil)

Orlando Silva, ministro dos Esportes: TCU teme acompanhamento frágil da pasta (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 10 de fevereiro de 2011 às 17h53.

Brasília – O Tribunal de Contas da União (TCU) divulgou hoje (10) um relatório que aponta problemas nos projetos relativos à Copa do Mundo de 2014. Entre as falhas apontadas, além de deficiências nos próprios projetos, o tribunal identificou falta de transparência nas ações do governo federal e descumprimento de prazos. O relatório é do ministro Valmir Campelo, responsável por acompanhar as obras da Copa no TCU.

“Os riscos de aditivos contratuais, sobrepreço, aportes desnecessários de recursos federais e contratos emergenciais são muito grandes, a exemplo das obras do Pan [Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio de Janeiro]”, apontou o ministro no relatório. Só no caso do novo Estádio da Fonte Nova, em Salvador, a diferença entre o valor previsto e o orçamento atual é de mais de 100%, de R$ 591,7 milhões iniciais para R$ 1,605 bilhão. Para o ministro do TCU, atesta a “precariedade da estimativa do custo global da obra”.

O relatório do TCU ainda afirma que há indícios de “possível fragilidade no acompanhamento feito pelo Ministério do Esporte, característica que dificulta muito as ações de controle”. Uma das críticas recai sobre a demora do ministério para enviar ao TCU as matrizes de responsabilidade das obras nos portos e aeroportos, que estão prontas desde o ano passado desde 2010.

Segundo Campelo, transferências voluntárias do governo federal para a Copa que não constam das matrizes também prejudicam a auditoria do tribunal. O ministro alerta que as dificuldades têm motivado ações de tribunais de contas e do Ministério Público Federal, “resultando em atraso nos financiamentos dos projetos e, consequentemente, do início da obra”.

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