Brasil

TCU adia por mais 30 dias resolução sobre liquidação da Ceitec, estatal do chip

O pedido de vista (mais tempo de análise) foi solicitado pelo ministro Vital do Rêgo na sessão do TCU desta quarta-feira, 10, após o ministro Walton Alencar apresentar o processo para votação

Vital do Rêgo foi responsável por apresentar o voto, em setembro do ano passado, que propôs a suspensão do processo de liquidação iniciado pelo Ministério da Economia (Divulgação/Divulgação)

Vital do Rêgo foi responsável por apresentar o voto, em setembro do ano passado, que propôs a suspensão do processo de liquidação iniciado pelo Ministério da Economia (Divulgação/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de agosto de 2022 às 19h31.

Última atualização em 10 de agosto de 2022 às 19h32.

Quase um ano após suspender o processo de extinção da Ceitec, produtora de chips e semicondutores localizada no Rio Grande do Sul, o Tribunal de Contas da União (TCU) adiou por mais 30 dias a análise do caso, em julgamento que pode resultar na retomada da liquidação da estatal. O pedido de vista (mais tempo de análise) foi solicitado pelo ministro Vital do Rêgo na sessão do TCU desta quarta-feira, 10, após o ministro Walton Alencar apresentar o processo para votação.

Vital do Rêgo foi responsável por apresentar o voto, em setembro do ano passado, que propôs a suspensão do processo de liquidação iniciado pelo Ministério da Economia. Na ocasião, a posição do ministro prevaleceu por 4 votos a 3, vencido o ministro relator, Walton Alencar. "Fui voto divergente, que venceu", apontou Rêgo ao justificar nesta quarta o pedido de vista.

Ao ouvir a solicitação do colega, Walton pediu que Rêgo fixasse um prazo para devolver o processo ao plenário, diante do tempo em que o caso já tramita na Corte. "O último ponderado julgamento sobre a questão em que novas diligências foram excetas já data bem mais de um ano. Apenas pediria a consideração do eminente revisor na fixação de prazo para que possamos nos debruçar sobre o caso", afirmou Alencar. Dessa forma, Rêgo se comprometeu a devolver o processo em 30 dias.

No ano passado, quando a liquidação foi suspensa, Rêgo afirmou que o processo de desestatização da Ceitec deveria ser paralisado para que o governo pudesse "melhor" justificar o atendimento ao interesse público. Por isso, o TCU pediu ao Ministério da Economia que esclarecesse os motivos pelo qual queria dar fim à companhia.

O Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) recomendou a extinção da Ceitec em junho de 2020, e o decreto presidencial que oficializou a decisão foi publicado em dezembro daquele ano. O processo de liquidação envolve a transferência de projetos e patentes da empresa para uma Organização Social, a ser criada.

Com sede em Porto Alegre, a Ceitec foi criada por lei em 2008, ainda no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia era ter uma grande fabricante nacional de chips e semicondutores. A empresa sempre foi dependente do Tesouro Nacional - ou seja, precisa de recursos do Orçamento para bancar despesas correntes e salários.

LEIA TAMBÉM: 

TCU entrega lista com 6.791 nomes inelegíveis para as Eleições 2022

Acompanhe tudo sobre:ChipsEmpresas estataisMinistério da EconomiaTCU

Mais de Brasil

PT pede cassação de chapa do PL que elegeu Jair Renan Bolsonaro por suposta fraude na cota de gênero

Instituto Butantan pede registro de vacina contra dengue à Anvisa

Como dar entrada no seguro-desemprego? Veja o passo a passo